(Mediano)
Até então, Rowan Atkinson e seu icônico Mr. Bean não falharam. "Até então" não, reformularei esta frase. Até dois dias atrás, minutos antes de assistir seu mais novo filme, "O Retorno de Johnny English", que se posiciona muito aquém da qualidade dos outros filmes protagonizados pelo personagem. E, reformularei mais uma vez a primeira sentença deste post dizendo que, o grande erro não foi proveniente deste comediante maravilhoso e (ouso dizer) o melhor da atualidade no gênero, mas sim do roteiro, absurdo, despreocupado e ridículo, que acaba se desmoronando logo nos primeiros minutos de projeção e, infelizmente, levando o filme inteiro para uma semi-cova.
Semi-cova pois, em contrapartida ao roteiro pavoroso que esta comédia possui, somos apresentados à situações hilárias e algumas gags interessantes. Algumas, porque a maioria das boas ideias da produção são ofuscadas pelo péssimo script (escrito a quatro mãos, por obséquio), que, acreditem, resgata algumas das piadas (e situações) mais clichês e preguiçosas que venham em suas mentes neste momento, incluindo até balas que, quando degustadas, alteram drasticamente o grave da voz do sujeito que as ingeriu. E, não obstante, o quarteto de roteiristas se utiliza de uma história que possibilita um grande leque de tramas, subtramas, e afins, porém a desperdiça em algo que evolui tão mal que é impossível não se incomodar com as absurdidades de algumas cenas e o amadorismo dos envolvidos. Claro que não fui assistir a este filme esperando uma trama genial aos moldes dos filmes de mais alto nível no tema espionagem, mas esperava, pelo mínimo, ser convencido de que os profissionais que escreveram "O Retorno de Johnny English", cultivassem o mínimo zelo pela obra.
Aliás, antes que me esqueça: a história. Johnny English é contratado para proteger o primeiro ministro francês, onde é encarregado de derrotar uma organização secreta que pretende matar esta figura política de renome.
Outro pecado (desta vez menor) do filme é sua tentativa frustrada de satirizar os filmes de James Bond, optando - erroneamente-, por uma trilha sonora caricata demais e explicitamente copiada das composições das produções de 007. E, somado ao fato de algumas cenas serem quase idênticas aos filmes satirizados, com a diferença de que aqui, elas possuem um caráter cômico bem mais acentuado, transforma o deboche impregnado em inúmeras passagens de "O Retorno de Johnny English" em algo forçado, enjoativo e exagerado. Claro que há algumas exceções que fogem à esta regra, como a abertura que abriga os créditos iniciais ou os olhares hilários de Rowan Atkinson, que funcionam como uma ótima brincadeira despretensiosa.
E, por falar em Atkinson, o mesmo deve ser encarado como um dos grandes nomes da comédia atual e, como disse no primeiro parágrafo, talvez o melhor do gênero nos dias de hoje. E a prova de tudo isso é que ele sustenta o filme inteiro nas costas sem dificuldades nenhuma, já que a própria direção também é falha.
Como podem perceber, "O Retorno de Johnny English" é portador de muitos deméritos, porém, talvez por eu ser fã de Mr. Bean, o filme me conquistou, cativou e arrancou várias gargalhadas, tornando-se assim, uma obra paradoxal. Se, por um lado temos vários elementos destoantes, que nos impedem de apreciar completamente a produção, em outro, temos algo extremamente divertido e hilário, que, pelo menos a mim, transformou a expressão vazia de quando entrei na sala de cinema, em um sorriso acentuado, além de lágrimas nos olhos de tanto rir!
Gênero: Comédia
Duração: 101 min.
Ano: 2011
Marcadores:
Críticas
Aliás, antes que me esqueça: a história. Johnny English é contratado para proteger o primeiro ministro francês, onde é encarregado de derrotar uma organização secreta que pretende matar esta figura política de renome.
Outro pecado (desta vez menor) do filme é sua tentativa frustrada de satirizar os filmes de James Bond, optando - erroneamente-, por uma trilha sonora caricata demais e explicitamente copiada das composições das produções de 007. E, somado ao fato de algumas cenas serem quase idênticas aos filmes satirizados, com a diferença de que aqui, elas possuem um caráter cômico bem mais acentuado, transforma o deboche impregnado em inúmeras passagens de "O Retorno de Johnny English" em algo forçado, enjoativo e exagerado. Claro que há algumas exceções que fogem à esta regra, como a abertura que abriga os créditos iniciais ou os olhares hilários de Rowan Atkinson, que funcionam como uma ótima brincadeira despretensiosa.
E, por falar em Atkinson, o mesmo deve ser encarado como um dos grandes nomes da comédia atual e, como disse no primeiro parágrafo, talvez o melhor do gênero nos dias de hoje. E a prova de tudo isso é que ele sustenta o filme inteiro nas costas sem dificuldades nenhuma, já que a própria direção também é falha.
Como podem perceber, "O Retorno de Johnny English" é portador de muitos deméritos, porém, talvez por eu ser fã de Mr. Bean, o filme me conquistou, cativou e arrancou várias gargalhadas, tornando-se assim, uma obra paradoxal. Se, por um lado temos vários elementos destoantes, que nos impedem de apreciar completamente a produção, em outro, temos algo extremamente divertido e hilário, que, pelo menos a mim, transformou a expressão vazia de quando entrei na sala de cinema, em um sorriso acentuado, além de lágrimas nos olhos de tanto rir!
Gênero: Comédia
Duração: 101 min.
Ano: 2011
1 comentários:
Assim que puder irei conferir este filme, pelo o que vc disse, melhor ver sem a expectativa que eu estava antes, sem expectaativa alguma devo apreciar melhor!
Postar um comentário