285. Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1

sábado, 27 de novembro de 2010
Postado por Selton Dutra Zen 3 comentários

Sou fã da franquia "Harry Potter". Mas, como em várias outras franquias, ela deve ser analisada como um todo, não cada filme separadamente. Separados, os filmes não tem a mesma qualidade. Embora sejam, separados, filmes bons, ou muitos bons, juntos na franquia, se tornam geniais! Um filme completa o outro. O que eu mais gosto na série "Harry Potter" é notar a evolução da mesma, tanto em conteúdo, como em técnica. Basta notar que em cada filme da série, um tom mais obscuro vai se consolidando, até culminar, claro, em "Harry Potter 7 - Parte 1". Se em seus primórdios, a série possuía filmes "família", filmes divertidos, que visavam o entretenimento para toda a família, com o passar do tempo, os filmes foram adquirindo um tom mais sombrio, o que foi, para mim, o maior acerto da série, porque os livros, escritos por J.K.Rolling, necessitavam dessa mudança de clima. Sendo assim, a cada filme, quanto mais Harry se aproxima do duelo mortal com Voldemort (que acontecerá na segunda parte, lançada em Julho do ano que vem), mais os filmes vão se obscurecendo, e essa obscuridade se dá através da parte técnica, com a mudança de fotografia, da mudança de diretores, e do roteiro. "Harry Potter 7 - Parte 1" é o mais pesado de todos, o mais obscuro de todos e o mais triste de todos. Neste último exemplar lançado da série, vemos sangue, vemos tortura, vemos até uma cena (claro que muito censurada) de Harry Potter e Hermione se beijando nus! Sim, Harry Potter e Hermione, mas você irá entender o porquê disso assistindo ao filme. A série iniciou sendo dirigida por Chris Columbus, dirigindo os dois primeiros filmes. Depois a direção passou para Alfonso Cuarón, com o terceiro filme, depois Mike Newell, com o quarto filme, e por último, David Yates, a partir do quinto, até o ultimo. Yates foi e está sendo o melhor. É notável sua direção, tanto no controle da produção, quanto no controle dos atores. Atores esses, que também evoluíram durante os sete filmes. Daniel Radcliffe está muito mais convincente e Emma Watson muito mais madura. Além de tudo isso, "Harry Potter 7 - Parte 1" possui uma parte técnica impecável, seja na fotografia, que, como disse acima, passa um tom muito sombrio, escuro, em certos momentos, quase monocromático, ou na edição de som, alternando sons estridentes, com sons calmos, como o de árvores. Aliás, um palpite para o Oscar 2011: "Harry Potter 7 - Parte 1", indicado em melhor edição de som. Agora, Harry, Hermione e Rony precisam encontrar as horcruxes, que contém pedaços da alma de Voldemort, para poder derrotá-lo.



(Excelente)

Gênero: Aventura/Ação
Duração: 147 min.
Ano: 2010

Cinefilia 07: Dublagens X Legendas

domingo, 21 de novembro de 2010
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Primeiramente, gostaria de me desculpar pelo tempo que fiquei sem realizar nenhuma postagem neste blog. Isto ocorreu devido a problemas referentes ao meu computador. Dito isso, vamos ao que interessa nesta coluna: dublagens e legendas.

Antes de começar a escrever, vou avisando: sou completamente contra dublagens!

Uma das coisas que mais me irrita na sociedade atual é a falta de interesse e a preguiça mental das pessoas, que preferem assistir um filme em versão dublada, a ouvir o áudio original do filme, sob o pretexto de não conseguir ler e prestar atenção na produção, ao mesmo tempo. Isso se chama preguiça mental! É triste ver uma pessoa com esse tipo de preguiça, e infelizmente, esse mal assola grande parte da população brasileira. Fato que se reflete claramente nos dias atuais. Basta notar o número cada vez mais crescente de cinemas exibindo somente a cópia dublada de um filme live-action.

A quantidade de referências, e até frases que se perdem, e perdem sentido dubladas são incontáveis. Certo que, mesmo na legenda, muitas coisas se perdem dos textos nas linguas originais, mas é muito menos frequente que nas dublagens. Então, se você é um nerd, ou um cinéfilo, ou até mesmo uma pessoa que tenha noções básicas de inglês, ou a lingua de origem do filme, é impressindível que você assista com o áudio original!

Além dos fatos citados acima, filmes legendados treinam a leitura, e como todos sabem, quanto mais leitura você consumir, mais culto você será, e menos influenciável você se tornará! Dublagens tiram a realidade de um filme, acabam com o som do mesmo (destroem a edição e a mixagem de som) e ainda, dizimam as interpretações dos atores! Isso é lastimável! Faça a experiência: assista "Batman - O Cavaleiro das Trevas" dublado e depois legendado. Se você não notar nenhuma diferença é porque você é incapaz de notar o que está diante dos seus olhos!

Então, seja por respeito aos nerds, cinéfilos ou às outras pessoas que assistem filmes legendados, ou por você se conscientizar e querer reverter essa situação lastimável em que você se encontra, ao assistir filmes dublados, mude, assista filmes legendados!

E notem que, ao invés de uma imagem, coloquei uma cena do filme "Kill Bill vol. 2", legendada, para conferirem como o áudio original deixa o filme muito mais emocionante e verossímil!

Mude sua atitude. Até o próximo post!

284. Kick Ass - Quebrando Tudo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Hoje, vários filmes recebem classificações indicativas muito altas para seu real conteúdo, diminuindo assim, o público alvo da produção, e com "Kick Ass - Quebrando Tudo" não é diferente, sua classificação alcançou a inadequação para menores de 18 anos. Mereceu? Não. Certo que o filme é muito violento e que possui muitos palavrões, mas nada excepcional, para ganhar a classificação citada acima. Todavia, devemos agradecer também que esta produção permaneceu estável, mesmo que com esta classificação. Não foram cortadas nem censuradas cenas, e isso é muito bom! Um dos elementos mais "pesados" neste filme é a presença constante de humor negro, basta vermos uma garota de mais ou menos 12 anos (não lembro exatamente sua idade) matando e decepando partes do corpo de inimigos. Basta perceber também a criação que esta menina possui em casa, com um pai ex-policial, que possui um arsenal completo em seu apartamento. Pai este, interpretado por Nicolas Cage, numa performance muito convincente. Falando em violência, "Kick Ass - Quebrando Tudo" possui cenas de luta incríveis, regidas por musicas animadas, alegres, o que reforça ainda mais o humor negro na produção. A edição, ágil e contagiante, não deixa a desejar, bem como a edição de som, que é digna de aplausos. O roteiro é muito eficaz ao retratar o jovem aspirante a herói. Notem que início do filme, o jovem, quando se veste de herói e se intitula Kick Ass, está incerto, receoso, embora com muita vontade e muita coragem, tanta coragem, que em certos momentos, o transforma em um idiota. Já no final do filme, Kick Ass está decidido, centrado em seu dever e muito mais confiante. Isto é mérito do roteiro, que também nos apresenta a uma história bem amarrada. Não posso avaliar em comparação às HQs, pois ainda não as li, mas pretendo ler. Acima de tudo, "Kick Ass - Quebrando Tudo" é um filme nerd. Basta notar as referências explícitas ao universo dos quadrinhos e dos filmes. E como um nerd, eu não poderia deixar de apreciar uma coisa destas! Um jovem decide comprar uma roupa de super-herói e sair pela noite protegendo a cidade, mas ele vai fundo demais e se envolve numa perigosa trama, envolvendo um mafioso, uma garota mortal, um ex-policial e um outro herói mirim.


(Muito bom)

Gênero: Ação
Duração: 117 min.
Ano: 2010