215. Distrito 9

terça-feira, 27 de outubro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

O tema alienígenas já foi muito explorado. Sempre quando vamos assistir a um filme abrangendo este tema, sabemos tudo o que vai acontecer no filme. Sabemos que uma nave se alojará sobre a cidade, ou na cidade. Os humanos tentarão fazer contato, e após isto, os aliens saírão de suas naves, e começarão, com raios e armas ultra-avançadas, a destruir o nosso planeta, exterminar a raça humana. E por fim, quando a projeção estiver se encerrando, os intrusos vindos de outro planeta serão mandados embora ou serão destruídos, e a Terra irá se salvar. Clichê, não?! Ok, alguns filmes, com esta mesma história conseguem se sair bem, mas claro, com alguns auxílios, como a direção, a edição, e inovações na parte técnica. Mas, para um filme de alienígenas surpreender, é necessário que ele seja original, e "Distrito 9" é muito, muito original! Os primeiros, não sei ao certo, 40 min. de projeção são gravados com a mesma técnica de filmes como "A Bruxa de Blair", "Cloverfield - Monstro", "REC", "Filme Caseiro", "Quarentena" e "Mar Aberto", mas com uma pequena diferença: não é gravada com uma câmera caseira, e sim, com uma câmera de reportagens. Adoro este estilo de filmagens, pois nos permite ver somente o que os personagens vêem. Da mais veracidade ao filme. Enfim, depois de mais ou menos 40 min., quando o personagem sai do Distrito 9, começamos a ver o filme aos ângulos da câmera do próprio cineasta. Mas as inovações não param por ai. "Distrito 9" assume o estilo de narrativa documental, ou seja, durante a projeção, somos apresentados a depoimentos de pessoas que se envolveram com o caso, que participaram do caso, ou até mesmo, moradores que estavam perto da região do Distrito 9. O filme ainda, em alguns momentos nos apresenta a cenas gravadas do ângulo de uma câmera de segurança. Incrível! O novato Neill Blomkamp, dirige este filme, o seu primeiro longa-metragem, antes ele somente fazia filmes de curta metragem, como "Yellow", "Halo" e "Alive in Joburg", no qual este filme foi baseado. Neill Blomkamp. Gravem bem este nome, pois este é um diretor muito promissor na carreira de longa metragens. Tudo neste filme é novidade, até a história, regida por um ótimo roteiro, escrito também por Blomkamp, que narra a história de uma nave alienígena que se instala em cima de Joanesburgo. Após anos, e anos, o governo entra na nave e resgata os alienígenas, que nela estavam, e os abrigaram num local chamado Distrito 9. Mas a coexistência pacífica entre humanos e alienígenas começa a ser rompida. Então, o governo decide transferi-los para uma área mais longe da cidade, e uma equipe é encarregada de dar a notícia aos aliens, mas o capitão desta missão entra em contato com um objeto alienígena, e começa a mudar... De resto, nem preciso comentar muito, que é impecável, desde a parte técnica inteira, se destacando a fotografia, até as atuações, enfim, magnífico! Não esperava que este filme seria tão bom assim, uma das grandes surpresas do ano!Obrigado Peter Jackson por produzir este filme, e dar incentivo a, aparentemente, grande carreia que Neill Blomkamp terá.



Gênero: Ficção Científica
Duração: 112 min.
Ano: 2009

214. Sem Vestígios

sábado, 24 de outubro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Sabe aqueles filmes que tem muito potencial, e o desperdiçam? Este é o caso de "Sem Vestígios". Não que este filme seja ruim. Mas tinha, visivelmente, capacidade de ser bem melhor. Diane Lane é a personagem principal deste filme, e interpreta uma agente do FBI que investiga um caso de um Web site que expõe pessoas a extremas torturas, e quanto mais pessoas entram no site, mas rápida é a morte da pessoa. Dai, as coisas começam a piorar e ela começa a correr perigo. Promissora história, não?! Pena que o filme não a honre. O maior erro de "Sem Vestígios" é que ele não aprofunda tanto a história como devia, e como a mesma oferecia. E, devido a isto, em alguns momentos nós ficamos dispersos e desviamos nossa atenção da projeção. Mas, estes muitos erros se equilibram com alguns pontos positivos muito fortes. Posso citar como exemplo o início do filme, que é genial. Vemos uma câmera caseira se movimentar nas mãos do assassino, e o mesmo, depois, a deixa parada enfrente a um gato. Também cito como exemplo o final, que é igualmente genial. A interpretação da parte de Diane Lane, posso dizer que é boa, consegue conduzir o filme, mas não é nada de excepcional. Vale ressaltar, da parte técnica, a fotografia, que consegue estabelecer um contraste de cores, sem exagerar, e, de vez em quando, adquire um filtro de alguma cor, mas discreto. A direção não é excepcional, mas consegue também, "domar" e conduzir o filme. Em geral, "Sem Vestígios" não é um filme ruim, mas poderia ser muito melhor, se não fosse os defeitos do roteiro, que não aprofunda muito uma história tão boa, que renderia um filme incrível. Este filme é violento, muito violento, mas o melhor, é que ele não usa a sua violência como forma de atrativo, e isto é bom. Diane Lane já fez filmes muito melhores. "Sem Vestígios" é um filme mediano.



Gênero: Suspense/Policial
Duração: 105 min.
Ano: 2008

213. Sunshine - Alerta Solar

domingo, 18 de outubro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Lembro da primeira vez que me deparei com um filme de Danny Boyle, que a propósito, era "A Praia", filme que me detestei, e me deixou com um pé atrás em relação a este diretor. Mas claro, quando assisti seus outros filmes, percebi que eu levei azar de assistir como primeiro filme da filmografia de Boyle, esta bomba, estrelada por Leonardo DiCaprio, pois os outros filmes deste diretor são incríveis! Ou seja, todo diretor tem o direito de errar, e o erro de Danny Boyle foi "A Praia". Ok, agora, puxando o assunto para "Sunshine - Alerta Solar", filme do diretor Danny Boyle, que citei acima. Posso estar contrariando muitas pessoas, mas, para mim, na minha opinião, "Sunshine - Alerta Solar" é o melhor filme de Boyle! "Não é "Quem Quer Ser Um Milionário"?, você deve estar se perguntando. Não. "Quem Quer Ser Um Milionário" fica com o segundo lugar dos melhores filmes de Boyle. Porque gostei tanto assim deste filme? Há um conjunto de fatores, para eu poder explicar. Primeiro, o roteiro e a idéia do filme. O roteiro é inteligente, não menospreza a inteligência do espectador, possui uma história envolvente, que nos prende do início ao fim, e também, o roteiro assume uma constante metamorfose, não deixando prevalecer somente uma história, ou idéia principal, evitando o espectador, de se enjoar. Se digo que este é o melhor filme de Danny Boyle, acho que nem preciso comentar a direção. A parte técnica é invejável. Desde os fabulosos efeitos visuais, o som, a fotografia, vale ressaltar que, mas no final da projeção, onde o homem queimado aparece, o filme, para não aumentar descontroladamente sua classificação, usa a fotografia a seu favor,e ainda, consegue dar mais crédito ao filme, pois a mesma assume um estilo embaçado, tremido, fora de controle, a imagem, desfoca, tem variações de cor, a imagem se distorce e se estica, incrível. Vale também ressaltar da parte técnica a direção de arte, criativíssima e impecável, ao recriar o interior das naves. Muito bom! O filme conta a história de um grupo de astronautas que é mandando ao espaço para salvar o sol, que estava morrendo e, consequentemente, a Terra. Mas, no meio da missão, eles detectam um ruído da outra nave da mesma missão deles, então, eles decidem ir ao local, se arriscando, mas tudo da errado, e os problemas começam. Não é o melhor filme de ficção científica que assisti, mas é, com certeza, o melhor filme de Danny Boyle. Vale a pena!



Gênero: Ficção Científica
Duração: 107 min.
Ano: 2007

212. 1972

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Nossa! Fazia tempo que eu não via um filme nacional tão ruim! Muitos filme brasileiros retratam a opressão nos anos 70, como é o caso do muito bom "O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias". Com certeza, "1972" é o pior filme de repressão brasileira que eu assisti. Tudo neste filme é ridículo. Desde as atuações, péssimas, vale destacar a atriz principal, que mal consegue fingir estar sofrendo, ou gostando de algo, vemos ela, do início ao fim da projeção, com uma cara ridicularmente artificial, sem expressão. O "melhor" ator que figura o elenco deste filme, é Lucio Mauro Filho, personagem da grande família, pena que ele não apreça muito. "1972" possui uma parte técnica horrível, com efeitos "jacús", fotografia sem nenhum contraste, e uma montagem mais mal feita ainda. Por incrível que pareça, nem quando as imagens da projeção se encerram, a péssima edição acaba. Não. ainda há os créditos finais. Uma das piores edições de créditos finais que vi até hoje! É praticamente ilegível! As letras começam a aparecer, no fundo da tela, e de repente, estas mesmas letras saltam de uma forma exageradíssima, elas se aproximam tanto que nem conseguimos ler. Lastimável! Agora, chega a pior parte do filme, o roteiro. O mesmo é tão mal escrito e superficial, que as vezes demoramos a acreditar que tal fato aconteceu. Pior ainda, é a estrutura e o conteúdo do roteiro. O mesmo mostra a repressão, sem ser violento. Sim! Um assunto violento deste (repressão) exige um filme a altura: violento, mas não é isto que acontece. Quando as tropas se aproximarem da multidão, para bater nas pessoas inocentes, somos apresentados a diversos cortes de cena, a lutas mal ensaiadas e infinitamente artificiais. Posso classificar este filme como um filme covarde, pois não tem coragem de nos mostrar a dura realidade da repressão. Ridículo! A história: Durante a repressão, dois jovens se apaixonam e tentam ficar juntos, superando as pessoas, a repressão, e seus dramas.



Gênero: Romance
Duração: 100 min.
Ano: 2006

211. O Sexto Dia

sábado, 17 de outubro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 2 comentários

Posso classificar a carreira de Arnold Schwarzenegger, um fracasso. Claro que não um fracasso completo, mas um fracasso parcial. Mais ou Menos 70% de todos os filme que ele atuou são uma porcaria. Parece que Arnold atrai filmes ruins. E "O Sexto Dia" é um outro exemplo negativo de sua parcialmente ruim, carreira. Mas, com um detalhe. Este filme consegue ser um dos piores que ele já atuou, desde sua iniciação como ator, em 1970! O filme é tão ruim, mas tão ruim, que chega a ser lastimável! Não há nada de bom neste filme, NADA! Vamos começar pela atuação de Arnold Schwarzenegger. Horrenda! Ele tenta, fracassadamente, nos emocionar, ou nos deixar apreensivos, mas, óbvio, não consegue. Partindo para a direção, que faz jus a todo o resto do filme, é uma droga, ao mesmo nível dos outros elementos deste longa. Não conheço o diretor deste filme, e nem pretendo conhecer! Saindo da parte de direção, entramos na parte do roteiro, que tenta, desesperadamente prender nossa atenção, fazendo reviravoltas ridículas, para tentar melhorar um pouco o nível, mas claro não consegue. E se os próprios roteiristas se obrigam a inventar argumentos para manter nossa atenção, imagine, o nível do filme. "O Sexto Dia" é filme tão ruim, que mal conseguimos prestar atenção nele! Ok, saindo da parte teórica e prática, vou falar um pouco da parte técnica. Efeitos visuais muito abaixo da média para a época (2000). Música... prefiro nem comentar, e esquecer o mais rápido possível. Agora, nenhum destes tópicos que citei chegam perto (inferiormente), destes outros dois que citarei: Edição e direção de arte. Começando pela edição. Temos a impressão de estar em um slide show, ou em um vídeo game, mas menos num filme. O filme usa muitos efeitos de transição, e ainda, para piorar, efeitos de transição ridículos. Direção de arte. Tenta criar um ambiente futurista, mas num futuro próximo. Pois bem, somos deparados a tecnologias que somente seriam capazes de existir em um futuro muito, muito distante, e ainda, estas tecnologias dividem espaço, com um Cadillac! Sim, um Cadillac! Ridículo. A história: Num futuro próximo, animais de estimação são clonados, mas seres humanos não, pois é ilegal, devido a lei do sexto dia. Mas, esta lei foi quebrada, e um homem de família é substituído por um clone. A partir daí, ele passa a ser perseguido... aquela velha história de filmes de ação. Não aconselho assistirem. Aliás, aconselho a exibição deste filme, somente como método de tortura! Não vale a pena!



Gênero: Ação/Ficção Científica
Duração: 123 min.
Ano: 2000

210. O Caçador de Pipas

sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Porque a maioria dos best-sellers viram filmes? Não consigo imaginar outra resposta a não ser: Lucro. E porque estes filmes, geralmente dão muito certo? Talvez por terem sido feitos com carinho e dedicação, mesmo que pela ganancia, o que é raro de se encontrar hoje, no cinema atual. Não li o livro, ao qual este filme foi baseado, então não posso avaliar muito o roteiro adaptado do mesmo, mas posso sim, analisar todo o resto da adaptação cinematográfica de "O Caçador de Pipas". Confesso que achei o nome do filme, baseado na história que o filme nos passou, um pouco inconveniente. É uma grande coincidênca que o filme da minha crítica anterior ("Mais Estranho Que Ficção"), é dirigido pelo mesmo diretor de "O Caçador de Pipas", Marc Forster. Comparando os dois trabalhos de Forster, não consegui distinguir qual é o melhor dos dois. Ambos são muito bons! Confesso que não conheço nenhum ator deste filme, mas posso dizer que todos conseguem levar bem o filme. O mais interessante é que este filme consegue nos chocar sem a necessidade de cenas fortes, explícitas, de conteúdo muito adulto. Por exemplo: Na cena onde o garoto é estuprado, ficamos completamente chocados, mas o filme não nos mostra a cenas explicitamente, ao contrário, há vários cortes, e mais ou menos,o momento do estupro dura menos de 10 segundos. A parte técnica é impecável. O filme nos apresenta a uma fotografia árida. A montagem do filme também é espetacular! Não há muito o que falar da parte técnica de "O Caçador de Pipas", mas posso dizer que é muito boa. O filme conta a história de dois amigos inseparáveis, que um dia, após uma tragédia, se separam, e depois de um tempo, uma coisa muda a vida de um dos amigos, e o mesmo parte em uma busca, correndo muitos perigosos. Vale a pena assistir.



Gênero:
Drama
Duração:
122 min.
Ano:
2007

209. Mais Estranho Que Ficção

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Como sempre digo, o segredo para uma boa comédia é ser original. E, com certeza, "Mais Estranho Que Ficção" é muito original. É uma comédia inteligente, onde temos que prestar atenção, e principalmente, usar o nosso cérebro para deduzir algumas coisas que o filme não traz tão explicado. O elenco é composto por Will Ferrell, com uma ótima interpretação, por Queen Latifa, que quase nem aparece muito no filme, mas que também não está tão ruim, e ainda, para finalizar, Dustin Hoffman, que nem preciso dizer, que está ótimo. A excelente direção de Marc Forster, também contribuiu mais para o filme. Como já disse, o roteiro é o melhor do filme, por ser original, então, resumo meu comentário sobre o roteiro, a isto, um roteiro muito original que nos surpreende com algumas "sacadas".Aliás, há mais uma coisa a falar sobre o roteiro. Ele nos leva, em seu final, a uma reflexão a cerca de seu egoísmo. Você seria egoísta ao ponto de realizar uma coisa a seu belprazer, sabendo que isto mataria outra? O filme nos leva para dentro do drama do personagem, de sua vida, de sua paixão, de seus problemas, e claro, de seu problema principal: sua morte por um livro (vocês entenderão melhor assistindo). E ainda, o filme se completa com sua genial parte técnica. É incrível a edição deste filme que muitas vezes o mesmo assume cortes de cenas bruscos. A fotografia do filme, esbranquiçada e pacífica, é igualmente incrível. A edição e mixagem de som é incrível, possuindo uma bela narrativa, para ´parecer que o personagem está em um livro. E ainda, para finalizar, a montagem e os efeitos são excelentes. Vale ressaltar os momentos quando o personagem caminha, e vai calculando seu trajeto. Neste momento vemos os números, medidas e cálculos, que o mesmo faz em sua mente. O filme narra a história de um rapaz que descobre que faz parte de um livro, mas no final, a escritora irá matá-lo, então ele precisa, urgente, encontrá-la e impedi-la. Muito bom!



Gênero: Comédia
Duração: 113 min.
Ano: 2006

208. A Troca

quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Antigamente, pelos meados dos anos 20, 30 e até 40, a mulher não tinha tanta liberdade de se expressar. Mas, se seu filho desaparecesse, você enfrentaria o governo, as leis, as regras, para encontrá-lo? O filme é baseado em uma história real, sobre uma mulher que tem seu filho desaparecido, ela procura a polícia, corrupta, para encontrá-lo. Eles a devolvem um garoto, que não é o filho dela. Então ela luta contra a polícia, que não queria assumir o erro e contra a corrupção da mesma, se submetendo assim, a torturas físicas e psicológicas, mas sem perder as esperanças. Temos no elenco, Angelina Jolie, com a melhor interpretação de toda a sua carreira. Reparem no timbre de voz alcançado por Jolie, principalmente, quando está chorando (no filme). Até me impressionei de ver uma interpretação tão boa, vindo de uma atriz, boa, mas que poderia ser muito melhor, e aqui, em "A Troca" ela consegue se superar. Todas as feições, movimentos, vozes, que Angelina faz, é simplesmente incrível! Impecável atuação da parte dela. Também temos no elenco John Malkovich, também muito bem, mas nem chegando aos pés de Angelina Jolie, que rouba a cena em todo o filme. Para completar, temos Clint Eastwood, veterano diretor e ator, mas aqui, ele somente dirige. Claro, direção impecável, cuidadosa, e talentosa, bem ao estilo Eastwood. Da parte técnica, não há o que reclamar. Também impecável. A movimentação da câmera, no momento em que o rapaz mata, com machadadas, os garotos, é incrível! E se vocês repararem, nos primeiros segundos de projeção, a fotografia do filme é desbotadíssima, quase preta e branca, e conforme a câmera vai descendo, por entre as árvores, a cor vai se reestabelecendo. Trilha sonora... brilhante. Enfim, vale a pena assistir e conferir mais um trabalho de Clint Eastwood, e a melhor atuação de Angelina Jolie. Sou muito fã de Clint, e nem tanto de Jolie, mas neste filme, merece mais aplausos Angelina Jolie. Muito bom!



Gênero: Drama
Duração: 142 min.
Ano: 2008

207. A Lula e a Baleia

domingo, 4 de outubro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Todos nós sabemos que a separação de um casal é muito dolorosa, para o casal, para os filhos deste casal e para todos os familiares e amigos deste mesmo casal. É isto que "A Lula e a Baleia" retrata. Quão difícil é retratar este assunto em um filme, tornando o mesmo uma boa obra cinematográfica! "A Lula e a Baleia" não é uma boa obra cinematográfica, é uma obra-prima! É interesantíssimo e curioso o modo com que o filme retrata os personagens, e ainda se preocupa em nos colocar em algum dos dois lados da trama. O filme se inicia, o casal se separa. Daí, o maravilhoso roteiro nos apresenta todos os prós e os contras do casal, agora separado, para que possamos escolher um dos lados para ficarmos até o final do filme. Só que o problema é que o roteiro, pode-se dizer, "brinca" com a nossa opinião. Ou seja, quando decidimos ficar do lado do marido, somos surpreendidos com um enorme podre do mesmo, dai passamos para o lado da mulher, mesmo sabendo que ela está errada, depois o filme nos revela outro podre maior ainda, daí, mudamos novamente de lado, e assim se segue, até o último minuto da projeção. Só por isto, o filme merece ser muito elogiado. Mas não para por ai. A direção do filme é maravilhosa, a parte técnica, é impecável. Vale ressaltar da parte técnica a direção de arte, que cria, muito bem um ambiente familiar, uma locação familiar, e depois um ambiente morto, triste e deprimente. Vocês irão entender melhor o que estou falando quando assistirem a este filme. E ainda, para fechar com chave de ouro, temos um final, que nem parece um final, mas que, com certeza, foi magnífico. Aliás, depois de algum tempo, vocês irão entender o porque do título "A Lula e a Baleia", significado este que eu não vou revelar, pra não estragar a magia que ainda nos segue depois que o filme se encerra. "A Lula e a Baleia" narra a história de um casal que se separa. A partir dai, o filme começa a abordar todos os lados de uma separação. O do marido, o da mulher, o dos filhos e até o do gato. Incrível!



Gênero: Drama
Duração: 81 min.
Ano: 2005

206. Caixa Dois

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Há filmes que não se enquadram em nenhum gênero, o que, na maioria das vezes, é um mau sinal, pois o que se enquadra nesta situação é, geralmente, ruim. E aqui, em "Caixa Dois", temos o mesmo problema, mas com uma diferença, "Caixa Dois" não é um filme ruim. Neste caso, temos um filme comédia, mas ele não é só uma comédia, ele vai mais além do que o simples objetivo de fazer o espectador rir, este filme também critica o sistema corrupto brasileiro, onde os mais poderosos, com mais dinheiro, pisoteiam os mais pobres, com menos condições. Estão reunidos neste filme, um ótimo elenco brasileiro, que já (alguns) nos presentearam com ótimas atuações em novelas brasileiras. Temos Giovana Antonelli, no papel da secretaria e namorada do filho do casal principal, aliás, ela está muito bem. Na verdade, todos os atores estão ótimos, numa sincronia perfeita, o que completa a trama, que por si só já é muito boa. A direção do filme é boa, a parte técnica também, mas o que se destaca, principalmente, é o roteiro, hilário e original. O mesmo conta a história de sete pessoas, cada uma com seus problemas, e separadas pelo seu poder econômico. É até difícil descrever muito sobre o filme, pois o roteiro nos presenteia com reviravoltas incríveis e hilárias. Neste contexto, classifico este filme, como um filme de comédia/crítica. Os diálogos neste filme são inteligentes e originalíssimos (nem sei se esta palavra existe), vale ressaltar a conversa onde o chefe do banco, conversa com seu assistente. Eles acabaram de perder um cheque de 50 milhões de reais, dos quais, 2 milhões eram de seu assistente, e o assistente diz: "Mas pro senhor, perder milhões não vai fazer diferença alguma, pois o senhor continuará milionário", então o chefe diz: "Pra você também não, pois você continuará pobre, do mesmo jeito". Hilário! Vale muito a pena assistir este filme e prestigiar o Brasil, por uma comédia tão boa!



Gênero: Comédia
Duração: 83 min.
Ano: 2007

205. Anjos da Noite: Underworld

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Confesso que antes deste, somente havia assistido o segundo filme da série "Anjos da Noite", e confesso que achei um filme até divertido. Agora, me deparo com o primeiro filme da série, filme este que já estava esperando a algum tempo. Decido assistir, óbvio. "Anjos da Noite: Underworld" se inicia. De início, mediano, e, quando ele vai se desenvolvendo, os minutos vão se passando... Ele vai piorando mais e mais! Aos 30 min. de projeção, eu quase nem conseguia mais prestar atenção no filme, de tão ruim que ele foi se tornando! Ridículo! Horrível! Este filme tenta, erroneamente, criar um ar de triunfo, com as narrações espaçadas, ou com a câmera focando o rosto do personagem, enquanto este expressa uma cara de maldade, e ainda, com uma música caótica de fundo. Realmente, deu vontade de parar de assistir. Não posso reclamar da parte técnica em si, pois é muito bem sucedida, mas posso, com certeza, reclamar da aplicação, cansativa e exagerada, dos efeitos, tentando chamar a atenção do público, até mesmo prende-lo e surpreende-lo com seus efeitos em câmera lenta, totalmente incabíveis para a trama. Da fotografia, não posso reclamar, pois é muito bem colocada e aplicada, já que o filme gira em torno de um tema sombrio e sangrento. A maquiagem, também é boa, não melhor que o segundo, mas até que é muito boa. As atuações não são nada. Não são horríveis, mas poderiam, sem dúvida alguma, ser muito melhor. O roteiro e a direção, nem preciso dizer que são uma grande porcaria, tentando impressionar com sua aparente complexidade (que nem é tão complexo assim). O filme conta a história de uma vampira, num mundo onde há uma guerra entre vampiros e lobisomens, que tenta descobrir o motivo de os lobisomens quererem matar um humano, ela investiga este humano, e acaba se apaixonando por ele. Filme ridículo, horrível, fraco, enfim, não recomendo.



Gênero: Aventura/Ação
Duração: 121 min.
Ano: 2003

204. O Lutador

quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Os lutadores são pessoas brutas, fortes, e muitas vezes mal humoradas, mas eles são pessoas como nós, sofrem como nós, tem sentimentos, como nós, amam, choram, riem, enfim, são pessoas comuns, que tem coração. E é bem isto que "O Lutador" mostra, a vida, as dificuldades e as dores de um lutador. Mickey Rourke é um ator difícil de se lidar, por isto ele havia chegado ao fim de linha, sua carreira havia acabado, mas dai, vem Darren Aronofsky e o resgata, para atuar em "O Lutador", e Rourke volta com força total, em uma de suas melhores interpretações. Ele consegue muito bem passar a brutalidade de um lutador e a sensibilidade implícita que este mesmo lutador possui. Logo no início do filme, vemos Mickey Rourke lutar com outras pessoas e ser aplaudido pelos espectadores, e logo depois, mais ou menos em 26 min. de projeção, vemos ele imune, numa cama de hospital, após uma parada cardíaca. Ou seja, toda a dureza que este lutador conservava não serviu de nada para impedir sua desgraça. A brilhante direção de Darren Aronofsky completa o filme. Aliás, sou fã deste diretor. A movimentação da câmera contribui mais ainda para um maior drama. Aliás, tudo contribui para um maior drama. Até porque o filme, quase todo, gira em torno do lutador e seus problemas pessoais. "O Lutador" é um filme profundo. Que até nos faz refletir um pouco sobre nossas vidas. Se a estamos desgraçando, se a estamos melhorando, para um dia não sofrermos o que este lutador sofreu. A premissa do filme pode ser até fraca, nada promissora, mas o excelente roteiro do mesmo é que o faz ser tão bom. O filme retrata a história de Randy "Carneiro" Robinson, um lutador profissional, que tem um enfarto e é obrigado a parar de lutar. Então ele tenta reestabelecer sua vida pessoal, com sua filha, arranjando uma namorada e ainda tem de conseguir um emprego, mas nada da certo. O filme, se analisarmos bem, tem um toque de alto ajuda, mas muito implicitamente. Realmente vale muito a pena assistir a este filme.



Gênero: Drama
Duração: 109 min.
Ano: 2008

203. O Escafandro e a Borboleta

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

É tão bom comentar um filme que a gente gosta. Um filme que nos toca, que nos emociona. É assim que me sinto comentando "O Escafandro e a Borboleta". Na verdade, este filme é um filme poético, mas com as dozes certas de drama, de paz, de angústia, enfim, um filme muito bem dosado em seus elementos. O fato de o filme ser gravado ao ângulo do olho de Jean- Dominique, já é considerado um imenso acerto do diretor e do roteirista, pois consegue nos colocar realmente na pele desta pessoa, com paralisia. Então quando nos colocamos no lugar de Dominique, ficamos pensando: Se isto acontecesse comigo? Eu iria lutar para viver? Iria desistir da vida? O que eu faria? "O Escafandro e a Borboleta" possui a direção impecável de Julian Schnabel, renomado diretor francês, o que contribuiu mais ainda para o sucesso desta magnífica obra cinematográfica. Tudo no filme dá certo, todos que participam do filme são muito capazes e a parte técnica é maravilhosa. Merece muito destaque a fotografia do filme. Logo no início, quando o personagem abre os olhos, o filme adquiri uma fotografia, embaralhada, embaçada, tonta, pois o personagem havia acordado de um coma. Logo, quando a projeção vai se desenvolvendo, a fotografia vai se normalizando, ou seja, o olho de Jean-Dominique, vai se acostumando. A trilha sonora também é impecável, com músicas tocantes, que aprofundam mais ainda o drama do personagem. A edição também é magnífica, voltando no tempo, para explicar como tudo aconteceu. A maquiagem é extremamente eficaz ao retratar o rosto do personagem todo deformado pela paralisia.Os atores, que confesso, não conheço nenhum, estão muito bem, principalmente o ator principal, que raramente é mostrado. O filme se desenvolve de uma maneira incrível. Excelente! O filme é baseado em fatos reais e narra a história de Jean-Dominique Bauby, que sofre uma paralisia, onde ele só consegue mover seu olho esquerdo. Por ele, Bauby se comunica, escreve, vive sua vida. Filme incrível, que vale muito a pena!



Gênero: Drama
Duração: 112 min.
Ano: 2007

202. Tenacious D - Uma Dupla Infernal

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Confesso que estava um pouco animado para assistir a este filme, pois eu não sabia o que viria pela frente. Algumas pessoas, por incrível que pareça, gostam deste filme! Este é um filme ridículo! Mais que ridículo, é um filme que não se assume em nenhum gênero, e fica mudando de gênero, e até um pouco de história, pois não possui um tema fixo, somente a busca pela fama. Há cenas neste filme que temos vontade de parar de assisti-lo. Por exemplo, no começo e no fim da projeção, vemos os personagns principais cantarem músicas absolutamente ridículas (aliás, o filme não é um musical), que parece que nos chamam de idiota. Também temos a cena, onde Jack Black está deitado num banco, logo no início do filme, e alguns ladrões e vândalos começam a agredi-lo fisicamente, satirizando a obra-prima de Kubrick, "Laranja Mecânica", mas este filme não tem moral nenhuma para satirizar ou até fazer qualquer menção de um clássico magnífico, como é "Laranja Mecânica". O roteiro é escrito pelo próprio Jack Black, e é uma verdadeira droga! Aliás, Jack Black não está nada bem escrevendo nem atuando no filme, em pensar que eu adoro este ator... Ainda temos também no elenco, Tim Robbins, como o velho estranho, que na minha opinião, é o melhor do elenco, e ainda, para finalizar, temos uma participação especial de Ben Stiller, que também produz o filme. A parte técnica é ruim, desde os efeitos especiais, até a edição, o som, a movimentação de câmera, entre outras muitas coisas. Como já disse, "Tenacious D - Uma Dupla Infernal", é um filme que as vezes é comédia, as vezes é aventura, poucas vezes se assume como musical, mas no fundo, não é nada! A história: Duas pessoas formam uma banda e tentam, desesperadamente, conseguir fama e dinheiro. Logo eles descobrem que há uma palheta que deixa o vocalista e guitarrista tocando incrivelmente. Então eles partem em busca desta tal palheta. Ridículo!



Gênero: Comédia
Duração: 94 min.
Ano: 2006