279. Karatê Kid

domingo, 26 de setembro de 2010
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Confesso que possuía um receio a respeito deste filme, devido ao fato de o personagem principal desta produção ser protagonizado por Jaden Smith, que é muito mais novo que o personagem principal do filme original. Isso poderia prejudicar muito o filme no que diz respeito a veracidade do mesmo, uma vez que o garoto, ao lutar daquele jeito, soaria muito artificial à produção. Mas não foi isto que aconteceu! A diferença de idade entre os personagens não me incomodou em nenhum momento da projeção. Vale ressaltar também que Jaden Smith, filho de Will Smith, tem uma carreira muito promissora pela frente, por ser carismático e ter talento. Me surpreendi também com o personagem interpretado por Jackie Chan, que se torna muito mais interessante que o Sr. Miyagi, do filme original! Méritos à Chan. E, para finalizar os pontos positivos do filme, "Karatê Kid" possui uma fotografia melhor que a do original, basta reparar na cena em que Jaden vê, pela primeira vez, um grupo de pessoas treinando Kung fu ao ar livre. Mas, em detrimento a estes pontos positivos, o filme também possui muitos pontos negativos, que em certos momentos, são fatais à produção. O grande problema do filme reside em sua duração. É um filme longo demais para a história. "Karatê Kid" é repleto de cenas desnecessárias, e assim, o filme acaba perdendo o foco na história, tornando-se assim, um filme arrastado e cansativo. E ainda, esta refilmagem possui muitas cenas mal elaboradas, como por exemplo, logo no início, a sequência da praça, onde Jaden vai jogar basquete, depois conhece uma garota, e termina brigando com alguns garotos. Esta sequência não possui ritmo nenhum, e atinge o fundo do poço na parte em que Jaden Smith dança hip-hop para a garota, tornando-se assim, uma cena vergonhosa! E, para finalizar, este filme possui o mesmo erro que me incomodou em "Karatê Kid 2 - A Hora da Verdade Continua", que é o fato de que na China, praticamente todas as pessoas falam inglês! Até as maquinas dão o placar de um jogo em inglês! Isso acontece muito em vários outros filmes de Hollywood, mas este apresenta esse erro de forma escrachada demais. "Karatê Kid" é a refilmagem do clássico "Karatê Kid - A Hora da Verdade", de 1984, que conta a história de um garoto que decide aprender karatê (na refilmagem ele decide aprender kung fu), para se vingar de alguns garotos que o estavam incomodando. "Karatê Kid", de 2010, decepciona! P.S: Esta é a segunda parte do especial sobre a franquia "Karatê Kid". P.S 2: Reflita:Porque o título desta refilmagem é "Karatê Kid", se o personagem decide aprender kung fu?!



Gênero: Aventura
Duração: 140 min.
Ano: 2010

Cinefilia 04: Clássicos - Trilogia Karatê Kid

sexta-feira, 24 de setembro de 2010
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OBS: Este post contém spoilers!

A notícia de que "Karatê Kid" iria ganhar uma refilmagem me reviveu a vontade de rever a trilogia original, que havia assistido há muito tempo e não me recordava de praticamente nada sobre ela. Decidi então, fazer um especial para o C de Cinema, onde neste post vou falar da trilogia (excluindo "Karatê Kid 4 - A Nova Aventura", realizado em 1994, por não fazer parte desta trilogia, por ser mais um filme que se aproveitou da fama que os outros antecessores conseguiram, para ganhar público!), e no próximo post, comentarei a refilmagem de 2010. Sabendo disso, farei uma breve análise sobre cada um dos três filmes, que constituem esta coleção que marcou a sua geração de lançamento:

"Karatê Kid - A Hora da Verdade" (1984): Em resumo, é um filme encorajador. Apesar de sabermos que tudo o que vimos no filme é pura ficção e que não seria tão rápido e tão fácil aprendermos karatê daquele jeito, o filme de certo modo nos inspira a lutar contra algumas pessoas que se acham superiores a outras e se acham no direito de perturbar a paz alheia. Além disso, o filme possui uma fotografia muito boa, que em vários momentos, somos apresentados à sombras, nas quais o sol encobriu seus rostos ou seus detalhes (exemplo disso, é a cena em que o sr. Miyagi treina equilíbrio em cima de um pedaço de madeira, de modo em que só visualizamos sua sombra). Em contrapartida, o filme erra um pouco por possuir muitos clichês, como o namoro proibido de uma garota com Daniel, no qual, os pais da garota a proibiram de namorar o garoto por ele ser pobre, ou até mesmo no último ato do filme, quando Daniel está lutando no campeonato de karatê, e ocorre o momento em que ele começa a perder e desanimar, para depois recuperar as forças e vencer seu adversário.

"Karatê Kid 2 - A Hora da Verdade Continua" (1986): Esta sequência se inicia minutos após Daniel ter ganho o campeonato de karatê e termina do mesmo jeito que todos os outros dois filmes da série, com Daniel, ou o sr. Miyagi (ou os dois) comemorando mais uma vitória em alguma luta. E, particularmente, gostei desta continuidade de um filme para outro, pois de certa forma, uma produção completa a outra. Mas não pense que se você não assistiu o primeiro, caso esteja vendo o segundo, ou o segundo, caso esteja vendo o terceiro filme da série, que você não vai entender o filme. Não. Nos créditos iniciais deste (e de seu sucessor), vemos imagens, cenas dos filmes anteriores. Vemos então Miyagi ensinado lições à Daniel, Daniel no torneio, etc. E isso prejudicou muito o filme. Talvez se só fosse reprisada a cena do torneio, ficaria muito melhor. E, como em todos os filmes da trilogia, a boa fotografia permanece. Este filme é muito mais profundo que o seu antecessor, por lidar mais com o emocional do sr. Miyagi.

"Karatê Kid 3 - O Desafio Final" (1989): Como disse a pouco, "Karatê Kid 3" erra nos créditos iniciais, por reprisar o que já tínhamos visto em "Karatê Kid" e "Karatê Kid 2". Mas outra coisa também me incomodou: o fato de neste filme Daniel estar estar completamente descontrolado! Talvez tenha sido uma tentativa do filme de representar que o adolescente estava passando por uma fase difícil, mas confesso que ele acabou se tornando, justamente pelo exagerado descontrole, uma presença desagradável no filme, e ainda por cima, ele é o personagem principal da história, ou seja, somos obrigados a o acompanhar até o fim deste filme. Talvez este tenha sido o maior erro desta produção. Como nos seus dois antecessores, a boa fotografia se mantém.

Além disso tudo, a trilogia possui um tom de comédia, que funciona e se encaixa muito bem em todos os filmes da série. E por fim, é muito bom ver um dos filmes à que Tarantino fez referência em "Kill Bill vol.1", que é "Karatê Kid".

Vale a pena assistir e se emocionar, rir e se divertir com Daniel e sr. Miyagi, que juntos formam uma dupla muito original, e que é ela que dá a essência dos filmes! Até o próximo post!


Cinefilia 03: Clássicos - Lua de Papel

quarta-feira, 15 de setembro de 2010
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OBS: Este texto contém spoilers!


Esta semana, estava pensando sobre o que eu falaria na coluna Cinefilia de hoje. Foi então, que tive a felicidade de assistir à este clássico da comédia, que posso afirmar, é um dos melhores filmes de comédia já feitos!

"Lua de Papel" é um prato cheio para os nostálgicos, pois retrata perfeitamente a década de 30, através de uma direção de arte impecável, e uma fotografia de dar inveja até em Michael Haneke. Cada ângulo e cada movimento de câmera, são inesquecíveis (repare em alguns closes que fazem referência a década referida acima). Além, claro, do preto e branco que perdura durante toda a projeção, e que contribui mais ainda, para recriar essa década. Não consigo compreender o porquê de este filme não ter sido indicado ao Oscar de melhor fotografia e direção de arte.

E um fato interessante, que contribui ainda mais para a projeção, é que o ator Ryan O'Neal, que interpreta o vigarista, contracena com sua filha, na vida real, Tatum O'Neal, que faz o papel da criança órfã, que fica sob a responsabilidade de Ryan. Isto aumenta ainda mais a naturalidade do filme, levando em conta que um seja pai, e a outra a filha, não só na vida real, mas também no filme (embora isto não seja esclarecido explicitamente). Outra coisa que merece ser ressaltada, é que Tatum O'Neal ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante, por este filme, que foi o primeiro de sua carreira (isso é uma prova clara do talento dela).

"Lua de Papel" é uma reunião de atores incríveis, de uma parte técnica magnífica e uma história, baseada no livro "Addie Pray", muito divertida, formando assim, uma obra-prima da comédia!



278. O Último Mestre do Ar

quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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Tenho o prazer, e ao mesmo tempo, o desprazer de dizer que assisti à toda a filmografia de M. Night Shyamalan, desde "O Sexto Sentido", descartando assim, seus projetos anteriores (que, se eu não me engano, foram dois filmes de baixo orçamento). Enfim, "O Sexto Sentido", "Corpo Fechado" e "Sinais" são filmes excelentes (muitos criticam "Sinais", mas confesso que gostei bastante), e são também os três primeiros filmes de Shyamalan, quando começou a fazer sucesso. Depois, ele dirigiu o mediano "A Vila", o também mediano, mas inferior ao anterior, "A Dama na Água" e o horrível, pode-se até dizer, ridículo "Fim dos Tempos". Esses três últimos filmes que citei marcam a decadência da carreira do diretor indiano. Não sei se por trauma de "Fim dos Tempos", ou por faro, tinha uma intuição, desde o início, de que "O Último Mestre do Ar" (mais novo filme de M. Night), não iria ser nada bom. E realmente, esta minha intuição se confirmou, "O Último Mestre do Ar" é bem ruim! O grande problema deste filme se deve às cenas não possuírem clima nenhum, principalmente a cena final da batalha, que se torna uma tentativa falha de criar um bom clímax para o filme, mas acaba só o piorando ainda mais. Se no desenho (que assisti todos os episódios e gostei muito), esta cena de batalha era incrível, no filme ela se torna só mais uma prova de que Shyamalan está perdendo mesmo o jeito do suspense, não que este filme necessite de tensão, mas sim de uma atmosfera que o diretor, vem perdendo mais e mais, a cada filme (ele arruinou esta atmosfera em "Fim dos Tempos"). Além disto, a fotografia deste filme não contribui nada, nem com beleza, nem com sentimentos, durante toda a projeção. Os quatro primeiros filmes do diretor, aqui referido, possuíam uma fotografia muito boa, na minha opinião, pois criavam um ótimo suspense e até davam um charme extra aos filmes, coisa que foi se perdendo desde "A Dama na Água", e que fica evidente, novamente em "Fim dos Tempos". "O Último Mestre do Ar" só não é um completo fracasso por possuir ótimos efeitos especiais (que possuem fortes chances de concorrer ao Oscar 2011), recriando muito bem desde a seta na cabeça de Aang, até o bisão voador gigante, que para mim, é o melhor "personagem" (se é que se pode chamar assim), do filme. "O Último Mestre do Ar" é uma adaptação da série exibida pelo canal Nickelodeon, chamada "Avatar" (sim, o mesmo nome do filme de James Cameron), que conta a história de um menino (Aang), que é encontrado por dois irmãos, que o levam para sua tribo. Aang passa a ser perseguido por ser o último avatar, uma pessoa capaz de dominar os quatro elementos (água, fogo, terra e ar). Junto dos dois irmãos, ele tem de aprender a dominar os elementos para enfrentar a tribo do fogo, que os quer dominar. Aconselho você a assistir a série, que é muito boa, mas não assista este filme, que é mais uma produção ruim de M. Night Shyamalan!



Gênero: Aventura
Duração: 103 min.
Ano: 2010

Cinefilia 02: Crianças no Cinema

quinta-feira, 2 de setembro de 2010
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Uma coisa que sempre me incomoda quando vou assistir à um filme livre dublado, ou à uma animação, também dublada, no cinema, é a falta de educação de algumas crianças (me refiro até 10 ou 11 anos de idade) que estão assistindo ao filme.

Quero deixar bem claro que não sou contra crianças irem ao cinema, muito pelo contrário, acho que a magia do cinema deve ser apresentada às crianças sim, os pais devem levar seus filhos ao cinema, mas devem também educá-los.

Crianças gritando, falando alto, conversando a sessão inteira, levantando, andando pela sala, e até chutando a poltrona da frente são constantes em uma sessão de um filme livre e dublado. Mas a culpa pela falta de educação destas crianças é única e exclusiva dos pais delas. Ao contrário de um adolescente, uma criança precisa de instrução para conseguir discernir o que é correto do que é errado. Assim, uma criança só irá se comportar em uma sala de cinema se seus pais conversarem com elas e lhes explicarem que durante a projeção não se deve conversar, gritar, levantar, nem chutar a poltrona da frente. Mas infelizmente isto não acontece, alguns pais não são capazes nem de falar uma simples frase para seu filho, como: "Aqui é lugar de silêncio!", pelo contrário, alguns até riem do jeito de seus filhos, quando eles incomodam o expectador da frente. Falo isto, pois já tive más experiências relacionadas a isto várias vezes (principalmente quanto à conversa), como na sessão de "A Era do Gelo 3", onde duas meninas (com mais ou menos 8 ou 9 anos), conversavam sem parar durante toda a projeção. Ou até mesmo em "Alice no País das Maravilhas" (a refilmagem), que infelizmente não foi exibida na versão legendada, nos cinemas mais próximos, um garotinho, sentado na fileira atrás da minha, chutava a minha poltrona e achava aquilo tudo muito normal! Isso tudo poderia ter sido evitado se os pais dessas crianças conversassem e pedissem para elas fazerem silêncio, ao contrário de somente ficar olhando.

Você ai que está lendo esta matéria, e não educa seu filho, acha que é completamente normal ele fazer bagunça no cinema, saiba que não o educando, você está desrespeitando as outras pessoas que pagaram para assistir a um filme sossegadas, e se você não respeita as outras pessoas, você também não merece o mínimo de respeito!