240. Lolita

sábado, 26 de dezembro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Quem acompanha as minhas críticas no C de Cinema, sabe que sou muito fã de Stanley Kubrick. Na verdade, Kubrick para mim, é o melhor diretor que o cinema já conheceu. Por isto, eu nunca pensei que um dia iria falar isto, mas, Kubrick perde a mão, em "Lolita". Não que "Lolita" seja um filme ruim, ou chato. Não. Esta produção até diverte. E digo que Kubrick perde a mão, pois os outros filmes do diretor são magníficos, todos consigo dar 5 estrelas em 5, mas para "Lolita", somente dou 4 estrelas em 5. Conseguimos ver claramente traços Kubrickianos na produção. Mesmo estando ele no início de sua carreira, conseguimos perceber os diálogos fluentes, a movimentação de câmera inovadora, e em alguns momentos lenta e em outros rápida. Enfim, já percebemos a genialidade que Kubrick foi, desde o início de sua carreira. Stanley Kubrick era uma pessoa que tinha talento de sobra, era um gênio do cinema. E com certeza, com a sua morte, em 1999, perdemos um grande diretor. Certo, mas qual são os erros de "Lolita"? O maior erro de "Lolita" reside no roteiro que, em certos momentos nos brinda com cenas magníficas, e em outros se torna arrastado e se desvia um pouco de sua proposta inicial e começa a seguir por um caminho diferente. Talvez se fossem cortados uns 40 minutos de projeção, "Lolita" se sairia muito melhor. No elenco, temos Peter Sellers, que como sempre, está muito bem. Aliás, vale ressaltar que na época de lançamento (1962), "Lolita" era considerado um filme polêmico, por mostrar o relacionamento de um homem adulto com uma garota de 14 anos. Enfim, gostei de "Lolita", mas acho que Kubrick conseguiria fazer melhor, e é com grande tristeza que assumo que Stanley Kubrick erra a mão em "Lolita". A história: Um homem adulto se apaixona por uma menina de 14 anos, os dois vivem um romance, mas o ciúme e as coisas começam a complicar... Vale a pena.



Gênero: Drama
Duração: 152 min.
Ano: 1962

239. 16 Quadras

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Para começar, "16 Quadras" não deveria ser um longa metragem, pois possui uma história muito raza e mal explorada para caber em 105 minutos. Com certeza, se este filme fosse um curta ou um média metragem seria muito melhor. No início "16 Quadras" parece ser promissor, e realmente, os primeiros 30 minutos são muito bons. Depois, o filme decai, decai pela tentativa do diretor de preencher esta produção com minutos absolutamente dispensáveis, e diálogos sem importância alguma. Aliás, os primeiros minutos somente são bons, pois vão direto ao ponto, dispensam "enrolação". Mas provavelmente, quando Richard Donner (diretor) viu que seu filme estava indo rápido demais, começou a acrescentar mais cenas sem importância, mais diálogos que não acrescentam nada ao filme. E é ai que "16 Quadras" se perde. Aliás, não é só neste aspecto que esta produção se perde. Não. O filme ainda conta com uma edição bem fraca, o que o condena mais ainda. E ainda, para finalizar, "16 Quadras" é repleto de clichês. No elenco, vemos o veterano Bruce Willis, numa interpretação até boa, nada extraordinário, mas boa. Na direção, temos Richard Donner, que dirigiu também clássicos, como a franquia "Máquina Mortífera", "Os Gonnies" e "Superman - O Filme". Posso dizer que não gostei de sua direção, diferente dos outros filme que citei, ele não consegue controlar bem o filme. Fraco também é o roteiro, por motivos que já expliquei anteriormente. Aliás, o roteiro conta a história de um policial que é designado para transportar um prisioneiro, que vai depor, por 16 quadras. Então, uns policiais corruptos descobrem que o prisioneiro irá testemunhar contra eles, e decidem matá-lo. Mas o policial designado para a missão de transportá-lo tem de protegê-lo. Bem fraco.



Gênero: Policial
Duração: 105 min.
Ano: 2006

238. Entre Lençóis

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Há filmes, que nos fazem ter vergonha de ser brasileiros, como é o caso de "1972" e "Entre Lençóis". Por onde começar? É até difícil de descrever tamanho fracasso que é este filme. Pois bem, vou respirar fundo e começar... Vamos começar pelos atores. Bem, o elenco conta com somente dois atores, somente eles, durante uma hora meia, sem atores coadjuvantes, nem figurantes, só eles. Este dois são: a bela Paola Oliveira, e Reynaldo Gianecchini. Certo, para sustentar um filme, ainda mais um filme que só possui dois atores, estes precisam ser bons, e infelizmente, não é o que acontece com Paola e Reynaldo. Não estou menosprezando os dois, mas neste filme, eles não estão bem. Os dois não combinam, e estão extremamente desconfortáveis, o que faz o filme soar artificial. Na verdade, não são só os atores que fazem o filme soar artificial. Não. Tudo, em conjunto, faz o filme soar artificial. Com uma péssima edição, o filme se segue... é medonho o jeito com que "Entre Lençóis" é editado. Em momentos, parece que foi editado no Movie Maker. Possuindo efeitos de transição absolutamente ridículos e inconvenientes, que são adotados somente da metade da projeção ao final! Ridículo! Mais ridículo ainda é a movimentação e o enquadramento da câmera, que insiste em implicitar cenas de sexo, e explicitar simples cenas de conversa. Enfim, eu acho que qualquer um que tenha o mínimo de noção, ou mesmo sanidade faria melhor. E agora, chegamos ao roteiro. Meu Deus! Não sei se riu ou se choro, porque é neste quesito que o filme chega ao fundo do poço! Com diálogos extremamente superficiais e mal escritos, que esperam ser levados a sério, que são as cenas de conversa do filme. Os diálogos são tão mal escritos, que as vezes nem acreditamos no que escutamos, e ainda, o roteiro nos apresenta erros ortográficos absolutamente inacreditáveis. Provavelmente quando a pessoa estava escrevendo este roteiro (que não sei o nome, e nem quero saber), ela estava se drogando, ou estava bêbada, pois isto que vemos em tela é inadmissível! Enfim, fica ai a dica, se você é masoquista ou gosta de se torturar, assista "Entre Lençóis", agora se você presa pela sua inteligência passe longe deste filme. O filme se passa todo num motel e conta a história de um casal que, aos poucos vai se conhecendo e se apaixonando no quarto de um motel. Ridículo, um insulto a nossa inteligência!



Gênero: Drama
Duração: 89 min.
Ano: 2008

237. Fogo Contra Fogo

sábado, 19 de dezembro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 2 comentários

Gosto do formato digital que Michael Mann usa em seus filmes, só acho que ele usa este formato em filmes sobre temas que não condizem com o digital. Este foi o caso de "Inimigos Públicos". Além disto, acho que em vários filmes, Mann se perde em algum aspecto que prejudica muito o filme, como é o caso de "Miami Vice", onde ele apelava para o sexo, "Inimigos Públicos", onde erra a mão no som e "O Último dos Moicanos", por ser um filme arrastado. Aqui, em "Fogo Contra Fogo", Michael Mann, por ainda estar começando sua carreira, não opta pelo formato digital para filmar este drama policial. Foi uma boa escolha? Neste tema, diferente de "Inimigos Públicos", acho que o digital combinaria, mas mesmo com a ausência deste elemento, o filme se sai muito bem. Confesso que nunca fui tão fã de Mann, claro que ele fez filmes muito bons, como "Colateral" e "O Informante", mas tenho que dar o braço a torcer por ele, pois "Fogo Contra Fogo" é um filme muito bom! Reunindo Al Pacino e Robert De Niro, como ocorreu também em "O Poderoso Chefão parte II" e "As Duas Faces da Lei". É incrível e admirável como os dois combinam, e gostaria de ver esta dupla de veteranos, mais vezes no cinema. Também no elenco, fazendo uma ponta, temos Natalie Portman, como a filha conturbada e problemática do casal de Al Pacino. Natalie ainda no inicio da carreira. Em seu terceiro filme. Da parte técnica, posso dizer que cumpre o seu papel, mesmo não sendo no formato digital, Mann não erra a mão. Começo até a pensar que Michael Mann consegue domar melhor seu filme, sem ser pelo formato digital. Pode ser pura besteira, visto que com o formato digital ele fez o magnífico "O Informante". Não sei. Sei apenas que Michael Mann, como já disse, ou erra por empregar o digital em filmes que não poderia ser empregado, ou por apelar para algum artifício, o que me parece ser uma insegurança de Mann, e também, por errar e as vezes, não cumprir bem o seu papel de diretor deixando passar falhas graves e mortais para o filme. Mas também, Mann faz filmes bons, como "Colateral", "O Informante" e "Fogo Contra Fogo". Vale a pena conferir. O roteiro, muito bem escrito, pelo próprio Michael Mann, conta a história de um policial tentando capturar um bandido, e este bandido tentando despistar a policia e armando seus planos. Muito bom!



Gênero: Policial
Duração: 174 min.
Ano: 1995

236. Amor Sem Fronteiras

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Confesso que nunca levei fé na história de "Amor Sem Fronteiras". Não sei se devido a história ser um tanto simples, preconceito meu, pois vários filmes possuem histórias simples, e são filmes magníficos, mas... o que faz estes filmes com história simples, e premissa sem ousadia nenhuma se tornarem tão bons? A resposta é simples: estes filmes foram bem administrados. E, infelizmente, este não é o caso de "Amor Sem Fronteiras". Há atores que combinam com sua dupla, com seu par, e isto não acontece com Angelina Jolie e Clive Owen, fato que ajudou a piorar o filme mais ainda. Acho até que se o filme não contasse com estes dois no elenco, ele poderia se sair um pouco melhor, não menosprezando a atuação dos dois. Gostaria de ver, no lugar de Owen, Gael García Bernal, e no lugar de Jolie, Audrey Tautou, embora ambos sejam de realidades completamente diferentes, um espanhol, a outra francesa. Enfim, o problema não se reside somente no elenco, e sim também na narrativa, arrastada e clichê, culpa do roteiro, mal escrito. E volto a dizer, o roteiro não se torna ruim pela ideia, simples, e sim, pela capacidade criativa da pessoa que o está escrevendo. Muitos podem ter gostado do filme, mas para mim, é um fracasso, não prendeu minha atenção, não me contagiou, ao contrário, assistindo "Amor Sem Fronteiras", tive vontade de comer, de gravar algo, tive vontade até (por incrível que pareça!) de assistir aos comerciais, para poder espairecer um pouco em meio as propagandas de perfume e até aquelas apelativas, tentando nos forçar a comprar um produto milagroso. A fotografia do filme, que era de se esperar ser algo muito bom, se torna comum demais, levando em conta a localidade que o filme se passa, e a dramaticidade que algumas cenas exigem. E ao final, algo trágico acontece com o casal (Jolie e Owen), numa tentativa desesperada de chocar e prender o público até o final, nos créditos finais, onde os próprios realizadores não confiam no projeto e precisem de artifícios para prender o espectador até o Directed by... dos créditos finais. E isto é um péssimos sinal. A história: Uma mulher conhece um homem que realiza trabalhos humanitários, ela decide então, junto deste homem, ajudar os povos mais pobres, dai, se inicia um romance entre os dois. Bem fraco!



Gênero: Romance
Duração: 127 min.
Ano: 2003

235. Amnésia

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Somos acostumados a assistir um filme de Hollywood, sempre com os mesmos parâmetros: início, meio e fim, respectivamente. E "Amnésia", rompe esta barreira, nos apresentando a história de maneira inversa, e se sai muito, muito bem. Quando a projeção se encerra vemos a capacidade do roteiro, da edição, e claro, da direção de Christopher Nolan, responsável por filmes magníficos, como "Batman - O Cavaleiro das Trevas", "Batman - Begins" e "O Grande Truque". Utilizando da mesma técnica de "Irreversível", "Amnésia" nos apresenta, de forma inversa a uma investigação, a uma vingança. Quando o filme se inicia, logo na primeira cena, o personagem descobre quem matou sua esposa, e mata o assassino, então, conforme a projeção vai se desenrolando, vemos o que aconteceu para que a trama chegasse naquele ponto, e ao final da projeção (e início da história) somos surpreendidos com uma reviravolta que nos deixa de boca aberta. Merece ser lembrada a criatividade de Nolan ao escrever este filme, de maneira inteligente, cativante e interessante. Aliás, um conselho a todos que pretendem assistir a este filme. Antes dele se iniciar, durma um pouco, relaxe a cabeça, pois você vai precisar raciocinar muito para entender o que o filme quer nos passar. E isto é bom, pois "Amnésia" não traz tudo explicado, ou esmigalhado, menosprezando a inteligência do espectador. A fotografia, principalmente nas cenas em preto e branco, é muito bem feita e introduzida no contexto do filme, junto dos efeitos de edição, como as cenas voltando, o sangue voltando a cabeça do assassino, cabeça esta que vai se remendando e voltando ao normal, também vemos a bala voltando ao revólver... incrível e muito bem pensado. "Amnésia" é um filme forte, chocante? Não. Na minha opinião, não. Apesar de ter sangue, drogas, não chega a ser um filme pesado. Enfim, vale muito a pena conferir o que Christopher Nolan conseguiu fazer, revolucionando, mais uma vez o sistema de filmes Hollywoodianos. Nolan nos conta, de modo inverso, a história de um homem, que após ter sua esposa estuprada e morta, parte em uma investigação para descobrir o assassino. Vale a pena!



Gênero: Drama
Duração: 120 min.
Ano: 2001

234. Embriagado de Amor

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Claro que "Embriagado de Amor" não chega nem aos pés de "Magnólia" ou "Sangue Negro", mas mesmo assim, é um filme fabuloso! Cada diretor tem seu jeito peculiar de fazer um filme. Podem-se destacar, Stanley Kubrick, Alfred Hitchcook, Quentin Tarantino, Akira Kurosawa, Steven Spielbergh, Giuseppe Tornatore... e Paul Thomas Anderson. Lembro do primeiro filme de Anderson que assisti, que a propósito foi, "Magnólia". Ao final da projeção, virei fã imediato deste diretor, e passei a procurar mais filmes dele. Então, me deparo com "Sangue Negro", onde mais uma vez, quando a projeção se encerra, fico impressionado com o talento de Anderson. E agora, este fato se repete, quando "Embriagado de Amor" se encerra. Primeiramente, gostaria de comentar a magnífica interpretação de Adam Sandler, que se supera, na melhor interpretação de toda a sua carreira. Ele consegue nos passar ao mesmo tempo, a sensação de angústia, de sofrimento e de dor, ao mesmo tempo que lida com seus problemas, e com seu amor. Palmas para Sandler! Também no elenco, temos Philip Seymour Hoffman, como coadjuvante. A sua aparição é tão pouca no longa, que mal consigo avaliar sua interpretação, mas ruim, posso dizer que não é. E não é só Sandler que merece palmas, Paul Thomas Anderson, também, pela sua magnífica direção, e pelo seu brilhante roteiro, que, em algumas cenas, expõe várias assuntos, tramas, ao mesmo tempo, contando claro, com a ótima interpertação de Adam Sandler. Ou seja, tudo neste filme se interliga e é preciso da colaboração e interação de todos para que o filme de certo, e "Embriagado de Amor" consegue isto. Da parte técnica, vale ressaltar a trilha sonora, que condiz muito bem, e realça o estado de espírito do personagem principal. A montagem e edição, também contribuem para nos mostrar o sofrimento que Sandler possui, seus problemas, e sua cabeça completamente alterada. Incrível! P.T Anderson leva às telas a história de um homem, problemático, que conhece uma mulher, e se apaixona, e com ela, ele foge de uma gangue de bandidos, com quem ele se envolveu após uma ligação. Muito bom!



Gênero: Drama/Comédia Romântica
Duração: 95 min.
Ano: 2002

233. O Sonho de Cassandra

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Sempre fui um grande admirador de Woody Allen. Gosto da maneira com que ele interpreta a sociedade, do estilo de seus filmes. "O Sonho de Cassandra" não é diferente. Expressa muito bem a maneira de Allen ver o mundo e seus problemas, sejam eles familiares, financeiros, psicológicos ou até as atitudes que tomamos sem pensar direito, e que podem nos trazer consequências graves no futuro. Woody Allen traz Colin Farrell às telas, neste drama familiar e psicológico. Aliás, Colin Farrell fica encarregado da interpretação mais visceral do filme. Na verdade, é ele quem carrega o filme nas costas, numa das melhores interpretações de toda a sua carreira. O roteiro, escrito também por Allen é muito bem desenvolvido, prendendo o espectador até os créditos finais. Na parte técnica, se destacam a edição, ágil nos créditos iniciais e finais, e um pouco mais lenta na projeção. A música também merece palmas. Na verdade, a trilha sonora é empregada de maneira incrível, nos deixando tensos em alguns momentos, e nos acalmando em outros. Aliás, o papel da trilha sonora neste filme foi muito bem executado e realizado, pois tensão é o que não falta no filme. Cada minuto que passa, ficamos mais tensos, sofrendo com os personagens, ou pelos personagens. Incrível! Woody Allen prova, com "O Sonho de Cassandra" que ele é um ótimo diretor, talentoso, e que, com o passar dos anos ele só vai ficando mais experiente. E isso, é fácil de se perceber, é só assistir "Bananas", um dos primeiros filmes dele, você vai saber do que eu estou falando. O roteiro nos apresenta a história de dois irmãos, que recorrem a ajuda do tio, precisando de dinheiro. O tio resolve ajudá-los, mas pede uma coisa em troca: que eles matem um sujeito que pode ameaçar a empresa do tio. Eles decidem aceitar. Matam o sujeito, mas isto traz consequências avassaladoras. Vale muito a pena!



Gênero: Drama
Duração: 108 min.
Ano: 2007

232. Jogo de Amor em Las Vegas

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Ultimamente, a Fox vem distribuindo boas comédias românticas, e "Jogo de Amor em Las Vegas", não é diferente, é mais um bom exemplo de comédia romântica. Apesar de ser bem simples, e bem comum, o filme consegue divertir, e revela que Cameron Diaz, e Ashton Kutcher formam uma dupla muito boa, espero que continuem fazendo filme juntos. Esta produção, na verdade, contém vários trunfos na manga. Um deles é a dupla Diaz e Kutcher. O outro é a edição deste filme. Possuindo uma edição ágil, e criativa, "Jogo de Amor em Las Vegas" supera as edições comuns de comédias românticas, e isto é um ponto forte! A edição nos apresenta montagens inteligentes, criativas, como na cena em que Kutcher e seu amigo, e Diaz, e sua amiga conversam no bar, e as falas dos quatro vão se interligando de maneira criativa e inteligente. No roteiro, nada de mais, apesar de a história sair um pouco do padrão do gênero, não inova muito, mas consegue entreter com o que tem. E não se engane se você pensa que este filme se passa em Las Vegas, se você pensa que vai ver muitos cassinos. Não. O desenvolvimento da trama se inicia em Vegas, mas o filme se desdobra, e se finaliza bem longe da cidade. Do elenco, como já comentei acima, fazem parte Cameron Diaz, muito bem, contracenando com sua dupla perfeita, Ashton Kutcher, que também está muito bem. Um completa o outro. Ainda temos Queen Latifa no elenco. Bem, Latifa não está ruim, mas não conseguiria segurar o filme, e por sorte, esta não é a sua incumbência, ela é uma simples psicóloga, que faz uma ponta no filme. Enfim, se você quer se divertir, assista "Jogo de Amor em Las Vegas", é uma boa opção! Esta produção conta a história de um homem e uma mulher, que não se conhecem, que vão para Las Vegas, e lá, por erro de um hotel acabam se conhecendo e iniciando um romance. Eles sem querer se casam, e vão ao tribunal pedir anulação, mas o juiz os manda passarem meses juntos para se conhecerem melhor, e se conseguirem se entender, o juiz daria a anulação. Vale a pena!



Gênero: Comédia Romântica
Duração: 99 min.
Ano: 2008

231. Minha Cama de Zinco

Postado por Selton Dutra Zen 1 comentários

Confesso que sou fã de Uma Thurman, e por isso, fui atraído a assistir "Minha Cama de Zinco". Me surpreendi, pois o elemento que eu esperava ser mais forte do filme (a atuação de Thurman), foi a coisa mais fraca e lastimável do mesmo. "Minha Cama de Zinco", nos apresenta um roteiro curioso e intrigante, mas que é mal administrado, tornando-se chato, e arrastado. Na verdade, não só o roteiro, mas também todo o filme se torna chato e arrastado, quando Uma Thurman entra em cena. Confesso que estarreci quando me deparei com uma das piores interpretações da carreira da atriz. É inacreditável a falta de carisma, expressão em sua interpretação. Em pensar que Thurman já interpretou a noiva, em "Kill Bill vol.1", e "Kill Bill vol.2" e a drogada, em "Pulp Fiction - Tempo de Violência"! Penso que ela só conseguiu uma boa interpretação nestes três filmes, devido a todos estes filmes serem dirigido pelo gênio, Quentin Tarantino, ou seja, só ele consegue domar Uma Thurman, e fazê-la desempenhar uma boa interpretação. É uma pena ter que pensar assim, mas foi Uma Thurman quem estragou o filme! Não só ela, mas outras ações em conjunto, com ela como protagonista principal da catástrofe. Uma fotografia, de início muito boa, mas que se perde ao longo da projeção. Um roteiro que, de início nos apresenta diálogos inteligentes, bem conectados, e ao longo da projeção vão se tornando pura enrolação, e pretexto para aumentar mais ainda, a tamanha catástrofe. "Minha Cama de Zinco" conta a história de um alcólatra, em recuperação, que é aceito num emprego, onde começa um romance com a esposa do chefe, que também é alcólatra. Ela o influência a beber, e isto pode fazê-lo voltar ao seu vício. História interessante, mas filme horrível!



Gênero: Drama
Duração: 73 min.
Ano: 2008

230. Encurralados

sábado, 5 de dezembro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

O que você faria para salvar seu filho? Até onde você era capaz de chegar? É esta a idéia e a premissa central de "Encurralados". O filme começa bem, um começo intrigante, começa a se desenrolar melhor ainda, quando o assassino começa a testá-los, e, a partir daí, começa a decair de nível. Logo de início, somos apresentados ao casal e a sua filha, que mais tarde será sequestrada. Vemos o cotidiano dos dois, seus afazeres, suas tarefas, mas neste momento, o filme se encarrega de criar um clima de suspense, ou seja, nós estamos vendo uma família alegre, feliz, mas sabemos que algo muito ruim irá acontecer. Certo, então somos apresentados ao momento em que o sequestrador sequestra e começa a explicar o que a família terá de fazer, se quiser a filha de volta. Ai, é que o filme alcança seu ponto máximo, vemos o jogo psicológico que Brosnan realiza com o casal, o terror e a impotência deste mesmo casal, que deverá se submeter a coisas terríveis para salvar sua filha. Ok, o problema é que "Encurralados" tem o seu ponto máximo muito cedo (em mais ou menos 25 minutos de projeção), dai, o filme começa a decair de nível. Começa a se tornar arrastado e longo, começa a ficar comum demais, enfim, começa a desperdiçar uma ótima premissa, que poderia render um filme fantástico. No elenco, podemos ver Gerard Butler, como o pai do casal. Entre os três é o que interpreta melhor, fato muito bom, pois é ele quem sofre as consequências e as dores mais graves. Também vemos o veterano Pierce Brosnan, o eterno 007, que após 2002, com o último filme da franquia 007 que ele atuou ("007 - Um Novo Dia Para Morrer"), não vem fazendo trabalhos muito bons. Sempre com a mesma cara, com a mesma expressão. Enfim, não se enganem com a frase escrita no pôster: "vidas serão quebradas", pois nem tantas vidas são quebradas, "Encurralados" é um filme bem fraco. Esta produção conta a história de um casal, que tem sua filha sequestrada, e o sequestrador, passa um dia com o casal, testando até onde eles eram capazes de chegar para salvar a filha. Bem meia boca!



Gênero: Suspense
Duração: 95 min.
Ano: 2007

229. Star Trek

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

J.J Abrams, o mestre do marketing viral, dirige e produz, agora, "Star Trek", mais uma super produção de 2009. Desta vez, ele deixa de lado monstros, ou Tom Cruise, para nos levar ao espaço, e fazer-nos presenciar guerras estelares, adaptando o seriado, e os filmes "Jornada nas Estrelas". Posso arriscar que, junto a "2012", "Star Trek" concorra ao Oscar 2010 de efeitos visuais. Aliás, os mesmos são incrivelmente bem feitos, planejados, e ricos em detalhes. As cenas de ação, batalhas de naves, ou até mesmo batalhas corporais, são extremamente bem ensaiadas e coreografadas, cenas estas que, juntas, com os magníficos efeitos visuais, tornam-se primorosas. Primoroso também é roteiro, que consegue nos deparar muito bem, com o ambiente em que cada personagem vive, e nos mostrando suas atitudes, podemos deduzir a natureza (violenta ou pacífica) de cada um. E ainda, o roteiro é inteligente, ágil e muito bem conduzido, sem perder a linha narrativa um minuto sequer. Da parte dos atores... não há o que reclamar. Apesar de contar com um elenco não tão famoso, os atores de "Star Trek" desempenham um excelente papel. Vale ressaltar também a fotografia deste filme, que contrapõe a câmera, frequentes flashs de luz. Da direção, posso dizer que é muito boa. J.J Abrams, que criou a série "Lost" e "Alias", produziu "Cloverfield - Monstro" e dirigiu "Missão Impossível 3", consegue muito bem, renovar e recriar a série "Star Trek". Abrams leva as telas a história de dois jovens, de culturas e planetas diferentes, que, dentro da nave Enterprise, lutarão contra um inimigo que ameaça destruir vários planetas. Parabéns a J.J Abrams por realizar um trabalho tão bom! Vale a pena!



Gênero: Ficção Científica
Duração: 126 min.
Ano: 2009

228. Inimigos Públicos

Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Confesso que nunca fui muito fã e Michael Mann. Seus filmes contém uma ótima história e um ótimo roteiro, mas infelizmente, algo estraga seus filmes. Em alguns, é o som, em outros, o exagero e as "balançadas" bruscas de câmera, e em outros a apelação ao sexo, ou a algum artifício para atrair público. Aqui em "Inimigos Públicos", Michael Mann se redime de todos os seus pecados, que ele já vinha cometendo, mas então, ele comete um pecado mortal, em termos cinematográficos. O pecado é o som deste filme ser um verdadeiro lixo! Uma péssima mixagem de som, um péssimo som, só consegue se salvar a trilha sonora, que é muito bem regida. Michael Mann deixa passar falhas enormes, como o filme não possuir alguns efeitos sonoros (em certo momento, quando Johnny Deep fecha a porta do carro bruscamente, não há nenhum som que represente aquela porta fechando, ou seja, é simplesmente ignorado!). Há também um comum aumento no volume das falas, e ainda, "Inimigos Públicos" possui, para cortar a trilha sonora, fade out brutos, decaindo o volume da música de uma hora a outra, quase que secamente, como se não houvesse nenhum efeito de fade out. Por isto, por Michael Mann não perceber estes defeitos sonoros, que o meu conceito sobre sua direção diminui. E como se não bastasse, Mann comete um outro erro, menos grave, que foi optar por usar câmeras digitais para gravar um filme de gângsters. Tema este que exige uma câmera clássica, parada, uma fotografia requintada.... e não é nada disto que "Inimigos Públicos" oferece, pois tenta, erroneamente (na minha opinião) renovar este estilo tão clássico. O elenco, muito bem formado, conta com Johnny Deep, sem maquiagem, e interpretando algo normal, longe de personagens esdruxulos. Aliás, ele desempenha um trabalho admirável. Temos também Marion Cotillard, que desempenhou uma interpretação memorável em "Piaf - Um Hino ao Amor", aqui desempenha muito bem seu papel, mas claro, de forma inferior a "Piaf - Um Hino ao Amor". E ainda, o elenco conta com Christian Bale, que fazia parte da obra-prima, "Batman - O Cavaleiro das Trevas", aqui se destaca menos, mas sua interpretação também é muito boa. "Inimigos Públicos" narra a história de um gângster, seu amor, e o lado da polícia para tentar capturá-lo. Filme mediano, repleto de cenas e enquadramentos muito bons, mas infelizmente peca em vários aspectos.



Gênero: Drama
Duração: 140 min.
Ano: 2009

227. Polaróides Urbanas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Postado por Selton Dutra Zen 0 comentários

Miguel Falabella, que até então trabalhava somente como ator, e diretor da peça teatral "Como Encher um Biquíni Selvagem", agora estréia na direção e no roteiro para cinema, com o filme "Polaróides Urbanas", adaptado da peça teatral que citei acima. Se engana quem pensa que "Polaróides Urbanas", por possuir apenas 82 minutos, é um filme mal desenvolvido, superficial, que não explora a fundo sua idéia, seu roteiro, muito pelo contrário, Falabella faz um trabalho fantástico em seu roteiro, conseguindo, ao longo da projeção, explorar a fundo os personagens, seus dramas, seus traumas, suas ideologias e seus costumes. Miguel Falabella conta ainda com atores excepcionais, como Marília Pêra, no papel da mãe depressiva, por vários motivos, e também no papel da irmã, rica, desta mãe. Ela consegue mesclar, muito bem, drama e comédia, sabendo distinguir cada emoção, ou até mesmo, misturando as duas, num resultado belíssimo e admirável. O elenco conta, ainda, com uma ponta de Marcelo Adnet, apresentador da MTV. Sua cena dura pouco menos de um minuto, mas já é suficiente para melhorar ainda mais o filme. Da parte técnica, não há do que se queixar. Uma ótima edição, cruzando a vida dos personagens de forma impecável, e uma belíssima fotografia, com planos fabulosos, como quando vemos pela última vez a prostituta (não sei bem ao certo se é ou não uma prostituta, o filme não esclarece), onde ela está saindo pelo canto da tela, e somos apresentados a uma belíssima visão de uma placa, contrapondo o céu, num ótimo exemplo de contraste de cores. As vezes, devido a pouca experiência de Miguel Falabella no cinema, a disposição de câmeras afeta, e tira um pouco da beleza de algumas cenas, mas isto, claro, com o tempo e com o amadurecimento de Falabella na direção, pode facilmente ser corrigido. Aplausos para Miguel Falabella, por escrever e dirigir um filme tão bom, aplausos para Marília Pêra, pela magnífica interpretação, e aplausos a todos os envolvidos no filme. "Polaróides Urbanas" conta a história de várias mulheres e seus maridos, e namorados, que tem suas vidas cruzadas, no Rio de Janeiro. Espero que Miguel Falabella continue fazendo filmes com esta qualidade.



Gênero: Comédia/Drama
Duração: 82 min.
Ano: 2008