252. Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito

sábado, 27 de fevereiro de 2010
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Vou ser curto e objetivo. Concordo que atualmente o cinema nacional tem sido descriminado, embora possua filmes incríveis. Mas "Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito" (vamos abreviar para "Bezerra de Menezes"), é um dos piores filmes nacionais que assisti até hoje. E com certeza é o mais mal produzido. Em segundo lugar, para curiosidade alheia, vem "Um Show de Verão". É ridículo e lastimável o quão mal produzido é esta produção. Começando pelo elenco, que aparentemente seria de "peso", com Carlos Vereza e Caio Blat. Mas não. Ambos estão interpretando como pessoas leigas em atuação, fazendo um teatro de escola. Passando pela fotografia, ridícula, com plano e enquadramentos aparentemente amadores. Uma coloração tentando remeter ao século XIX, erroneamente. E não para por ai, o filme também possui uma edição, com direito a fade out excessivos, e cortes, quase que bruscos de trilha sonora. "Bezerra de Menezes" não tem sincronidade e muito menos veracidade, o que era, pelo menos para aparentar em um filme de biografia. Aliás, nem parece um filme de biografia. E mesmo sendo, é totalmente falho! O filme simplesmente esquece de mostrar pontos importantes da vida do personagem, como o seu casamento e a sua vida pessoal. Somente no fim do filme sabemos que Menezes se casou e teve um filho. Até então tínhamos a impressão de que ele não possuía família. E por fim, a direção completamente incompetente, fecham o desastre total que é esta produção. Enfim, como qualquer cinema de outro país, o cinema brasileiro possui filmes incríveis, obras-primas, mas também possui desastre, como é o caso de "Bezerra de Menezes". Esta biografia conta a história de Bezerra de Menezes, médico e político, que ajudava os pobres. Horrível.



Gênero: Drama
Duração: 75 min.
Ano: 2008

251. Amor Sem Escalas

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
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Jason Reitman me surpreendeu pela primeira vez, em 2007, com "Juno", produção também indicada a melhor filme no Oscar 2008. Uma particularidade curiosa, que se deve ressaltar, é que, os três filmes mais conhecidos e famosos deste diretor são comédias, ou como é o caso de "Amor Sem Escalas", comédia dramática. E, geralmente, estes filme ganham uma indicação ao Oscar. Este fato me deixou com uma pulga atrás da orelha (desculpem a expressão antiquada). Será que Jason Reitman possui talento somente para comédias? Ou será que ele é talentoso em outros gêneros? Não sei. Fica ai, uma incógnita. Agora, temos que esperar seu próximo filme para responde-la. Enfim, voltando a "Amor Sem Escalas". Posso estar contrariando a opinião de muitas pessoas, mas eu acho "Avatar" muito superior. "Amor Sem Escalas" até merecia ser indicado em algumas categorias ao Oscar (seis, contando com as duas indicações a atriz coadjuvante). Para mim, o filme não tem chance em melhor diretor, melhor filme, melhor ator e melhor atriz coadjuvante. Pode ser que ganhe em roteiro adaptado. Todavia, o filme merece sim ser indicado. O que merece destaque na produção é a sua fotografia, que opta por um tom de cor mais comum e por enquadramentos ageis, que expressam, além de naturalidade e rotina, a vida do personagem principal. No elenco, George Clooney, que desempenha uma boa interpretação, mas que na minha opinião não merecia ser indicado a melhor ator. Vemos também Vera Farmiga, esta que realmente merece ser indicada, embora acho que irá perder para Mo'Nique. Outro grande acerto do filme reside no roteiro, que ao mesmo tempo que acompanha e aprofunda a vida do personagem principal, vai nos deixando a par também da vida das duas mulheres que o cercam. Aliás, o roteiro é muito mais profundo. Ficamos sabendo da personalidade e do caráter da irmã do personagem principal (Clooney), que só conhecemos após uma hora de projeção. Por isto, acho que "Amor Sem Escalas" é um forte candidato a roteiro adaptado. De tão profunda, é até difícil de descrever a história deste filme. Tentarei. O filme acompanha a vida de um homem contratado por uma empresa para demitir funcionários. Acompanhamos então, suas viagens e as pessoas que o cercam. Vale a pena.



Gênero: Comédia Dramática
Duração: 109 min.
Ano: 2009

250. Tá Chovendo Hambúrguer

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
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"Tá Chovendo Hambúrguer" prova que há um mundo de animações extra Disney/Pixar. Ao longo do tempo, outros estúdios vem investindo em animações, como é o caso da Twentieth Century Fox, Dreamworks, entre outras. Agora é a vez de a Sony Pictures investir no mundo animado. Responsável pela bomba "O Bicho Vai Pegar 2", entre outros fracassos, a Sony acerta em "Tá Chovendo Hambúrguer". Acho que deveria, com certeza, concorrer ao Oscar de melhor animação, embora seria certo de que perderia para "Up - Altas Aventuras", aliás, é ele quem irá ganhar o Oscar de animação. Em aspectos técnicos, não há do que se reclamar, animação muito bem produzida, muito bem desenhada, modelada e criada. O único aspecto em que o filme peca é em seu roteiro, por ser superficial e possuir uma história rasa, mas todavia, consegue conquistar o público e isto é muito bom. Mas, levando em conta a história que a produção opta por contar, possui um enredo que, por mais que seja desenvolvido não poderia ser tão profundo. "Tá Chovendo Hambúrguer" é uma grande surpresa. O modo com que a história é contada, os ângulos de enquadramento, e o humor repentino, humor este nem tão adulto nem tão infantil, mas na dose certa, que faz desde crianças até adultos rirem. Claro que nem chega aos pés dos filmes Disney/Pixar, pois não possui o segredo do sucesso e da magnitude dos filmes desta empresa. Enfim, fica a dica: confira "Tá Chovendo Hambúrguer", vale a pena. O filme narra a história de um cientista/inventor, que cria uma máquina que transforma água em comida. Mas, acidentalmente, a máquina vai parar nas nuvens, e começa a criar chuva de diversos tipos de comida, mas as coisas começam a complicar... Muito bom!



Gênero: Animação
Duração: 90 min.
Ano: 2009

249. Che 2 - A Guerrilha

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
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Quando a projeção se encerrou, fiquei muito decepcionado, esperava mais, muito mais deste filme. Há uma única diferença entre "Che" e "Che 2 - A Guerrilha", diferença esta capaz de colocar um filme à anos luz de distancia do outro, que é o roteiro. O primeiro filme da biografia de Che Guevara possuía, e conciliava, um roteiro cativante e uma bela parte técnica, o segundo filme de Che continua possuindo um parte técnica admirável, mas desta vez, possui um roteiro muito mal escrito, que não consegue prender o espectador. Durante a projeção, nos dispersamos constantemente da tela. Além disto, o roteiro não se desenvolve bem, tornando-se assim, arrastado, chato e cansativo. Não entendo como o roteiro decaiu tanto de um filme para o outro. Será que por ter sido adicionado mais um roteirista na produção? Não sei. Mas nem tudo no roteiro é ruim. Os últimos 30 minutos de projeção são fantásticos. Se o filme todo fosse como a meia hora final, seria magnífico, melhor que o primeiro! Mas esta parte admirável só chega no final, e antes, somos apresentados, então, a uma hora e quarenta e cinco minutos de pura chatice. E, como já disse no início desta crítica, a parte técnica é admirável. Principalmente a fotografia, concebida pelo próprio diretor, Steven Soderbergh. Em falar em Soderbergh, gostaria de elogiar sua direção, pois o grande problema do filme não é a direção e sim o roteiro. E claro, não poderia esquecer do elenco. Benicio del Toro, numa de suas melhores interpretações! Ele consegue muito bem passar a força de vontade de Che Guevara, conduzindo sua guerrilha. O elenco ainda conta com uma ponta de Matt Damon, e com Rodrigo Santoro, que, assim como no primeiro filme, não aparecia muito. Santoro prova cada vez mais o seu talento e, com certeza, ele tem (e já está tendo) uma carreira promissora pela frente. Nesta segunda parte da biografia, Guevara forma uma guerrilha e parte para iniciar uma revolução latino-americana. Filme ruim.



Gênero: Drama
Duração: 135 min.
Ano: 2008

248. Guerra ao Terror

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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Posso estar contrariando a opinião de muitas pessoas, mas, para mim, "Guerra ao Terror" não é o melhor filme de guerra que já vi. "Apocalypse Now" e "Nascido Para Matar", são muito melhores. Mas "Guerra ao Terror" não é um filme ruim, não. Pelo contrário, é um filme magnífico, que fica na minha lista dos melhores filmes de guerra. Oscar de melhor filme? Não, acho que não merece. O prêmio ainda fica com "Avatar". Oscar de melhor diretor(a)? Sim, Kathrym Bigelow merece esta categoria. Se ela ganhar, vai ser a primeira diretora a ganhar um Oscar. Bem, vamos aguardar para ver. "Guerra ao Terror" é, junto de "Avatar", o campeão de nomeações este ano, possuindo 9 indicações. Teria fortes chances de ganhar em fotografia, trilha sonora e edição, mas tem como concorrente o filme de Cameron, que com certeza irá ganhar. Uma curiosidade: Bigelow é a ex mulher de Cameron. Ambos lideram as indicações. Agora vou falar um pouco do filme em si. "Guerra ao Terror" é um retrato sufocante da guerra do Iraque. A sensação que acompanha o filme, bem como os personagens, é de pressão, cansaço, precariedade, angústia e ansiedade. Claro, que, para se conseguir chagar ao nível carregado do filme, precisa-se ter uma sincronia perfeita entre os responsáveis pela produção. E isso acontece, e vemos claramente, quando os minutos de projeção vão passando. Incrível. Uma ótima fotografia, sufocante, um som invejável, que causa sensação de apreensão, e uma direção impecável, de Kathrym Bigelow, fazem esta obra cinematográfica funcionar e ser tão boa. O estilo adotado pela diretora, faz o filme parecer um documentário, com sua forma observativa. As vezes o filme se perde um pouco no excesso de zoons no rosto dos personagens, mas isto é um pequeno detalhe, comparado a magnitude de toda a obra. Enfim, "Guerra ao Terror" fica entre os melhores 5 filmes de guerra que assisti, junto de "Apocalypse Now", "Nascido para Matar", "Pearl Harbor" e "O Resgate do Soldado Ryan" (entraria também "A Lista de Schindler", mas não considero um filme de guerra). O filme acompanha os últimos dias de um batalhão anti-bomba, em plena guerra do Iraque. Muito bom!



Gênero: Drama/Guerra
Duração: 131 min.
Ano: 2009

247. Os Bons Companheiros

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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Confesso que somente agora pude conferir este clássico de Scorsese. Claro que não chega aos pés da trilogia "O Poderoso Chefão", de Francis Ford Coppola, mas é um filme que merece ser lembrado para sempre, como várias outras obras de Martin Scorsese. Como todo filme de máfia (pelo menos como todo filme de máfia que se frese), "Os Bons Companheiros" é uma produção extremamente violenta, que apresenta a violência de uma maneira crua, sem cortes, realista, como na cena, logo no início da projeção, onde um membro da máfia mata (ou termina de matar) friamente a facadas, uma pessoa que estava em seu porta malas. A parte técnica, digna de um filme sobre o tema: câmera parada e fotografia requintada e luxuosa. Técnica pertinente a filmes de máfia, diferente de "Inimigos Públicos", de Michael Mann, que tenta inovar, mas não consegue. O elenco, muito bem escolhido conta com Robert De Niro, numa estupenda interpretação. E nem preciso comentar a direção de Martin Scorsese, que, como sempre é muito boa. E, para fechar com chave de ouro, Scorsese, nos brinda com um final incrível, nos presenteando, com perseguições de helicóptero, interatividade e ainda, com o ator interagindo com o espectador. Por estes fatores, e vários outros que devo ter me esquecido, que "Os Bons Companheiros" deve ser lembrado para sempre, como mais um clássico de Martin Scorsese. O roteiro, muito bem escrito, que prende o espectador até o final, conta a história de um menino que sempre sonhava em entrar para a máfia. Ele entra, e a partir dai, o filme acompanha sua vida dentro da máfia. Muito bom!



Gênero: Policial
Duração: 145 min.
Ano: 1990

246. O Vidente

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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Nicolas Cage possui uma carreira conturbada. Alguns de seus filmes (em que atua) são bons, outros são bombas. Algumas de suas interpretações são boas, outras são lastimáveis... E "O Vidente" é um exemplo de filme ruim da sua carreira. Para mim, o maior erro do filme foi não aprofundar muito a história. Parece até que os roteiristas ficaram com medo de explorar a história, e isto prejudicou muito o filme. Realmente ruim. Além disto, o filme não inova no visual, e é repleto de erros e furos do roteiro. Aliás, roteiro este que é muito mal escrito (como já comentei acima, o medo dos roteiristas). No elenco, Nicolas Cage, numa interpretação bem ruim (talvez por ele não interpretar uma pessoas doente, ou cheia de tiques). Também vemos Julianne Moore, que também não está no melhor de seus papéis. E para completar, Jessica Biel, que, comparado a "Stealth", tem um desempenho um pouco melhor. O cast e o próprio filme "O Vidente" são um desperdício de atores famosos e capazes. Na verdade, não é somente desperdício de atores, mas sim de dinheiro também. Foram 70 milhões jogados no lixo! Lastimável. Este filme até tinha, de acordo com sua premissa, chance de ser bom. Mas, devido a vários fatores, que juntos foram formando uma bola de neve até o desastre, o resultado se vê na tela. A história: uma bomba está prestes a explodir Los Angeles, e a única chance de salvar a cidade e as pessoas que nela vivem, é contar com um mágico que prevê o futuro, mas infelizmente, ele decide não colaborar, obrigando assim, o FBI a usar a força. Não assistam!



Gênero: Ação
Duração: 96 min.
Ano: 2007

245.O Vizinho

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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Apesar do tema psicopata obcecado já ter sido aproveitado e utilizado em várias outras produções cinematográficas, e apesar de eu já saber tudo o que irá acontecer ao longo da projeção, eu continuo gostando e me atraindo por filmes que abordam este tema. "O Vizinho", de acordo com o que falei, e que vocês devem imaginar, se sai muito bem! Quando Samuel L. Jackson está inspirado, ele consegue atuar de forma impecável e carregar o filme sozinho, e é isso que ele faz em todos os minutos de "O Vizinho". E, claro, não é simplesmente pelo fato de eu ter uma atração a filmes com o tema que citei acima, que eu gostei bastante desta produção. Não. Além disto, o filme cumpre muito bem o papel de um bom suspense: prender o espectador do início ao fim, o deixando intrigado e muitas vezes, agoniado. E isso conta muito. E, para completar, o filme assume um visual mais moderno, com câmeras sempre tremendo (mesmo que quase imperceptível), mas que faz todo o diferencial numa obra como esta, com este tema. No elenco, também vemos Patrick Wilson, que surpreendeu em "Menina Má.com", "Pecados Íntimos" e "Watchmen", aqui decepciona, com uma fraca interpretação. Na verdade, não é tão fraca assim, mas aparenta ser, pois contracena com o talento Samuel L. Jackson. Enfim, "O Vizinho " é um filme que merece ser assistido, embora seu roteiro não traga nada de novo. A história: Um casal se muda para um bairro sossegado, mas tem como vizinho um psicopata obcecado, que vai fazer de tudo para se livrar dos dois. E com um pequeno detalhe, este vizinho, é um policial. Vale a pena!



Gênero: Suspense
Duração: 110 min.
Ano: 2008