O cinema brasileiro é alvo do preconceito por parte de muitas pessoas. Isso é fato. Mas é um fato absolutamente sem sentido, levando em conta à quantidade de filmes bons brasileiros que são desperdiçados pelo público sob o simples pretexto de serem nacionais! Sim, o cinema brasileiro já passou por um período fraco, em termos cinematográficos, mas este período passou, e atualmente, produções de alto nível estão surgindo, mas infelizmente, elas não tem espaço devido ao preconceito de certas pessoas que preferem recorrer ao cinema norte americano, ao invés de prestigiar a nossa evolução fílmica! Isso é lastimável! Não que o cinema norte americano não possua bons filmes, mas eles não são os únicos que fazem filmes de qualidade. Porém, fico feliz de saber que, mesmo sendo muito poucos, alguns filmes brasileiros conseguem ser reconhecidos e até admirados pelo público, como foi o caso de "Tropa de Elite" e, agora, "Tropa de Elite 2". Então, você aí, que xinga o cinema brasileiro sem ao menos ter assistido à estes dois filmes citados acima, deixe seu preconceito tolo e sem sentido de lado e confira-os, que com certeza, você vai se surpreender! Enfim, vamos ao filme: "Tropa de Elite 2". Tanto o primeiro, como o segundo possuem a mesma qualidade, sendo assim, não sei dizer qual o melhor, os dois se completam. É admirável também o realismo das cenas desta produção, criado a partir da linguagem (sim, é uma linguagem muito chula, repleta de palavrões, mas sem ela, o filme não seria o mesmo), da atuação do elenco, do qual gostaria de felicitar a performance de Wagner Moura, como o icônico Capitão Nascimento, que consegue transparecer a expressão de cansaço, unida com a garra de conseguir o seu objetivo, que é acabar com o "sistema" regido pela polícia e pelo governo brasileiro. Notem que nas cenas em que ele afronta ou é afrontado pelos seus amigos, ou até pela sua família, Moura começa a piscar freneticamente, expressando angústia e tristeza, mas nunca perda de esperança. Isso faz de Wagner Moura um dos melhores atores brasileiros, numa das melhores interpretações do cinema nacional, no personagem mais marcante do mesmo. E tudo isso, como se não bastasse, é regido pela direção soberba de José Padilha que, com seu roteiro e seu estilo de filmagem eficaz, dinâmico e verossímil, nos transporta para o mundo das favelas e dos bastidores da polícia e do governo brasileiro. Nos apresenta à uma verdade que, embora mostrada como uma ficção, retrata o cotidiano do sistema político brasileiro que todos sabemos ser a realidade do nosso país. Agora, Capitão Nascimento foi afastado do BOPE e vai parar na secretaria de segurança pública onde descobre que o "sistema" também envolve os governadores e, a todo custo, tenta acabar com os corruptos e com o tal "sistema" que favorece os mais poderosos. Muito bom!
Gênero: Ação
Duração: 116 min.
Ano: 2010 Marcadores: Críticas