274. Percy Jackson e o Ladrão de Raios

sábado, 24 de julho de 2010
Postado por Selton Dutra Zen 2 comentários

Em 2008 foi lançado no Brasil o primeiro livro da série "Percy Jackson", que eu não li. Mas foi a pouco mais de um ano que esta nova série começou a fazer sucesso. Todos falavam dos livros, e esperavam ansiosos o filme. Mais uma vez eu digo, eu não li o livro, mas assisti o filme e me decepcionei. Provavelmente devido a todo o marketing e a popularidade do filme, fiquei interessado em assisti-lo. "Percy Jackson e o Ladrão de Raios" não merece nem metade da popularidade que teve. Quero deixar bem claro que não estou falando do livro, mas sim do filme. Acredito que o livro seja muito bom, e por isso, o filme teve toda essa popularidade. Esta produção decepciona muito em roteiro. Possuindo uma história não muito boa, mas que poderia proporcionar diversão, é completamente estragada pelo péssimo roteiro. A história poderia ser melhor explorada e aprofundada. O roteiro também é repleto de erros, erros tão graves que até o mais leigo dos expectadores percebe. Um exemplo de erro gravíssimo está na cena onde Percy, seu amigo e sua mãe estão duelando com um Minotauro. Note que a mãe de Percy desaparece (inicialmente pensamos que ela morreu, mas depois descobrimos que não), e quando a luta acaba, Percy simplesmente esquece a mãe! Ele não chora, não fica triste, nem lamenta por ela! São erros assim que acabam com o filme. Mas "Percy Jackson e o Ladrão de Raios" possui pontos positivos, como as participações de Pierce Brosnan e Uma Thurman no filme. Na verdade, eles são as melhores coisas na produção. Outro ponto positivo são os efeitos especiais, que são muito bons, embora não sejam tão bons quanto outros filmes que estrearam em 2009 e 2010. A história não é nada demais. Percy Jackson é um semideus, que é acusado de roubar os raios de Zeus, o que poderia criar guerra entre os deuses. O deus Hades captura a mãe de Percy e lhe oferece uma troca: os raios pela sua mãe. Ele parte então em uma jornada ao submundo, onde está Hades. Posso resumir o filme em uma palavra: Fraco!



Gênero: Aventura
Duração: 119 min.
Ano: 2010

273. Shrek Para Sempre

domingo, 18 de julho de 2010
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Nunca gostei da franquia "Shrek". Para mim, esta franquia é nada mais nada menos que uma tentativa desesperada da DreamWorks de alcançar a Disney/Pixar, mas claro, isso está longe de acontecer. Concordo que a DreamWorks tenha produzido animações de alto nível e realmente muito boas, mas nenhuma até hoje conseguiu chegar aos pés das animações da Disney/Pixar. A franquia teve seu primeiro filme lançado em 2001, que se intitulava "Shrek", que considero um filme mediano. Em 2004, foi lançada sua continuação, "Shrek 2", que considero um filme ruim. Mais tarde, em 2007, "Shrek Terceiro" foi lançado, e foi para mim, o pior filme da série. Então, chega a hora de a série acabar (até que enfim!), e, para encerrar a série, surge "Shrek Para Sempre", que prometia fechar a série com chave de ouro. Esperando sair impressionado do cinema, fui assisti-lo. E, mais uma vez, me decepcionei com o resultado. Considero este o melhor filme da série, porém não passa de um filme mediano. "Shrek Para Sempre" tem no roteiro seu maior problema. Nos primeiros 20 minutos de projeção, o filme se sai bem, explora a história e parece adotar um estilo de narrativa e uma história original para uma animação. Conforme os minutos vão se passando, temos a impressão de que a produção vai se acelerando. Se no início éramos apresentados aos personagens e íamos a fundo em seus sentimentos, depois de um tempo, temos a impressão de que o filme corre contra o tempo, e acelera o desenrolar da história. O desfecho surge muito rápido e acaba muito rápido. Então, quando "Shrek Para Sempre" se encerra, ficamos com a impressão de algo faltando. Além disso, o filme é repleto de piadas sem graça, e as melhores partes (as mais "engraçadas" e "entusiasmantes") constam no trailer, estragando assim, as melhores partes do filme. Infelizmente não pude ouvir as vozes de Cameron Diaz, Mike Myers, Antonio Banderas e Eddie Murphy, pois assisti a versão dublada. "Shrek Para Sempre" possui a história, aparentemente, mais original dos três filmes: Shrek está entediado com sua vida, agora ninguém mais tem medo dele, sua vida se tornou monótona. Ele, então, assina um acordo com um golpista e, imediatamente, é transportado para um mundo alternativo, onde os ogros são caçados por bruxas e o reino de Tão, Tão Distante tem o golpista como rei. Os ogros formam uma resistência, liderada por Fiona, para derrotar o tirano rei e reestabelecer a ordem. Embora tenha uma história um tanto promissora, "Shrek Para Sempre" decepciona.



Gênero: Animação
Duração: 93 min.
Ano: 2010

272. À Prova de Morte

sexta-feira, 16 de julho de 2010
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Quem acompanha minhas críticas no C de Cinema sabe que eu sou fã de Quentin Tarantino, principalmente por "Kill Bill vol. 1". "À Prova de Morte" está longe de superar a saga da noiva atrás de vingança, mas é outro trabalho de qualidade do diretor que possui uma filmografia pequena, comparado a outros grandes diretores de Hollywood, mas recheada de obras-primas. Como disse, "À Prova de Morte" está longe de ser uma obra-prima, mas é um filme muito bom, que vale a pena ser assistido. Tarantino, quando pequeno, trabalhou em uma locadora de filmes. Lá, ele assistia de tudo, desde filmes de samurai, até filmes trash. E foi daí que Tarantino teve a ideia de fazer este filme, para homenagear os filmes trash que assistia. Junto com outro diretor renomado e amigo seu, Robert Rodriguez, eles criaram um filme chamado "Grindhouse", título que homenageia as salas onde eram exibidos estes filmes (trash). "Grindhouse" era um filme enorme, onde constavam dois projetos: um de Robert Rodriguez, intitulado "Planeta Terror" e um de Quentin Tarantino, intitulado "À Prova de Morte". Como "Grindhouse" não foi bem recebido nos E.U.A, os dois diretores decidiram separar os projetos e lançá-los individualmente. "À Prova de Morte" demorou 3 anos para ser lançado aqui no Brasil. Como é de praxe do diretor, este filme é recheado de referências e homenagens a outros filmes, alguns seus, outros não. Esta produção, por homenagear filmes trash, possui características de um filme trash. O filme então, possui envelhecimento artificial, e constantes riscos na tela. Vemos cortes mal feitos, erros de sincronização, fotografia, em certos pontos horrível (claro que proposital) e defeitos na imagem. E não só a parte técnica remete à filmes trash, como também o roteiro. Assim, presenciamos diálogos clichês e (as vezes) machistas, os mesmos são recheados de palavrões e linguagem vulgar. E, ainda no roteiro, a própria história é típica de um filme trash: possui muita violência, muito sangue e um grupo de garotas, que mais tarde morrerão ou serão heroínas da história. E por falar em roteiro, há uma constante nos filmes de Tarantino não acontece neste filme: o roteiro não linear. "À Prova de Morte" é um filme linear. A única coisa que me incomodou neste filme foi que em sua segunda parte (após o assassino sair do hospital), o filme perde seu envelhecimento artificial e isso prejudicou muito a produção. Mas mesmo assim, "À Prova de Morte" possui mais pontos positivos que negativos e se sai muito bem. A história: Três amigas saem para aproveitar a noite. Um homem misterioso, que possui um carro à prova de morte as observa... Isso é o início da primeira parte. Enfim, vale a pena tanto para quem gosta, quanto para quem não gosta de filmes trash.



Gênero: Suspense/Ação
Duração: 113 min.
Ano: 2007

271. Toy Story 3

sexta-feira, 2 de julho de 2010
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Atualmente, os filmes de animação estão evoluindo, gradativamente, de filmes infantis divertidos à obras-primas profundas e com um certo teor adulto. Hoje, vemos filmes como "Persépolis" e "Valsa com Bashir", onde somos apresentados a cenas de nudez e violência. E não só filmes menos populares, mas também animações de grandes estúdios, como "Wall-E" (meu filme de animação preferido), que consegue passar a mesma emoção de um filme live-action e possui uma história muito profunda. Filmes de animação hoje, significam diversão tanto para os adultos como para as crianças. Cada vez mais as histórias vão ficando mais profundas, e os personagens mais marcantes e tocantes. Um estúdio que faz muito bem isso é a Disney/Pixar. Suas produções são sempre profundas, tocantes e divertidíssimas. Até "Monstros S.A", as animações produzidas pelo estúdio visavam mais diversão e não tanto uma profundidade maior a história. Enfim, o ponto em que quero chegar é que em poucos anos podemos estar presenciando filmes de animação violentíssimos, com palavrões, drogas e sexo. Não estou criticando a evolução das produções animadas, pelo contrário, gosto de ver um filme de animação que vai fundo na história, nos emociona e nos faz guardar algum personagem por muito tempo. "Toy Story 3" é um ótimo exemplo de como as animações estão evoluindo. Diferente dos outros dois filmes da série (que gosto bastante, aliás), "Toy Story 3" é mais amadurecido e possui um roteiro incrível! Os personagens nesta mais nova produção Disney/Pixar são melhor desenvolvidos e até a trama é mais aprofundada, e, consequentemente, o filme se torna muito mais emocionante. Há cenas em que somos tocados profundamente e há cenas que nos geram revolta ou decepção. E claro, a própria animação é muito bem modelada e rica em detalhes. Como em qualquer outro filme, a Disney/pixar da um show nesta sua mais nova animação! Está longe de superar "Wall-E", mas vale muito a pena, é divertido e emocionante. Desta vez, acompanhamos os brinquedos de Andy em um jardim de infância, lugar onde vão parar após um mal entendido. De início, tudo parece perfeito, mas conforme o tempo vai passando, os brinquedos vão percebendo que nem tudo é como eles imaginavam. 'Toy Story 3" é diversão garantida tanto para crianças, quanto para adultos. Vale conferir!



Gênero: Animação
Duração: 103 min.
Ano: 2010