303. Inverno da Alma

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Postado por Selton Dutra Zen

Interior, campo, neve, inverno, pobreza e desespero. Estes são temas recorrentes em filmes independentes. Como todos os anos, um filme independente ganha um espaço na categoria de melhor filme do Oscar. Este ano, foi a vez de "Inverno da Alma". Se não fosse o Oscar provavelmente este filme não seria lembrado por ninguém, até porque não merece tanto crédito! Não chega a ser ruim, mas é fraco! Não tão fraco quanto "O Vencedor", mas quase se iguala. "Inverno da Alma" carece de um roteiro mais intrigante e interessante, porque em vários momentos o filme acaba se tornando monótono e cansativo. Jennifer Lawrence, uma das poucas coisas impressionantes do filme, desempenha um trabalho incrível como Ree Dolly, uma jovem destinada a encontrar seu pai, ex-presidiário, que nomeou sua casa como garantia de que compareceria a uma audiência. Se ela não o encontrar, irá perder tudo e, como é pobre, possui uma mãe doente e dois irmãos pequenos para cuidar, a perda da casa significaria a perda total de uma perspectiva de vida, de mudança, que mesmo muito distante, ainda está presente. A construção da personagem feita por Lawrence é digna de aplausos. Notem que, em raros momentos, Ree se deixa levar pelas emoções, ela é sempre racional, concentrada e focada. E essa atitude é muito transparecida por Jennifer. Na verdade, o maior pecado de "Inverno da Alma" é ser muito trivial. Não deixa nada marcado na memória do espectador, e como consequência, é facilmente esquecido. Nenhum diálogo é memorável, nenhuma reviravolta é interessante, nenhum personagem (com exceção de Ree Dolly) é marcante. Se fosse fazer um gráfico para demonstrar minhas sensações durante o filme, com certeza este iria ser somente uma linha reta.

(Mediano)

Gênero: Drama
Duração: 100 min.
Ano: 2010

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