Atualmente, vários filmes americanos estão se esquecendo de uma coisa: o cinema, os filmes em si, precisam ser produzidos com carinho, vontade e com o coração. "500 Dias com Ela" é um bom exemplo de filme pequeno, que, por ser feito com carinho, conquista o público de uma forma inexplicável. O filme trata da vida a dois, do amor, das brigas, e da reconciliação da forma mais cuidadosa possível. Seu roteiro, originalíssimo, que até agora não entendo porque não concorreu ao Oscar de roteiro original, nos brinda com uma narrativa não-linear, nos apresentando aos altos e baixos do relacionamento de um casal. O filme avança e regride nos 500 dias, desde quando eles se conheceram, até alguns dias depois de eles terminarem o namoro. É inegável a originalidade da história. Mas, a mesma não seria nada sem um bom roteiro, e por sorte, o roteiro é o ponto mais forte do filme. Mas não só a história é original, como também a edição faz jus a esta originalidade toda. Para nos informar qual dos 500 dias o filme está, são acrescentados uma imagem de um banco e um marcador de dias. Reparem também que, conforme os sentimentos dos dois mudam um com o outro, o tempo na praça onde se localiza o banco e o contador de dias muda também. Ou seja, quando a relação dos dois vai bem, o tempo está ensolarado, a árvore coberta de flores, e assim, gradativamente vai se alterando, conforme o "estado de espírito" da relação. A fotografia é outro ponto alto do filme. Com cores amareladas, e enquadramentos muito bem elaborados. Acima de tudo, "500 Dias com Ela" vale pela sua originalidade, pelo modo com que trata os relacionamentos, a paixão e a separação. Embora possua algumas falhas, elas são mínimas, comparado ao que o filme todo conseguiu. O roteiro leva às telas 500 dias de um relacionamento entre um homem e uma mulher que se conhecem na empresa onde trabalham. Incrível!
Gênero: Romance
Duração: 96 min.
Ano: 2009
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