Todos nós sabemos que a separação de um casal é muito dolorosa, para o casal, para os filhos deste casal e para todos os familiares e amigos deste mesmo casal. É isto que "A Lula e a Baleia" retrata. Quão difícil é retratar este assunto em um filme, tornando o mesmo uma boa obra cinematográfica! "A Lula e a Baleia" não é uma boa obra cinematográfica, é uma obra-prima! É interesantíssimo e curioso o modo com que o filme retrata os personagens, e ainda se preocupa em nos colocar em algum dos dois lados da trama. O filme se inicia, o casal se separa. Daí, o maravilhoso roteiro nos apresenta todos os prós e os contras do casal, agora separado, para que possamos escolher um dos lados para ficarmos até o final do filme. Só que o problema é que o roteiro, pode-se dizer, "brinca" com a nossa opinião. Ou seja, quando decidimos ficar do lado do marido, somos surpreendidos com um enorme podre do mesmo, dai passamos para o lado da mulher, mesmo sabendo que ela está errada, depois o filme nos revela outro podre maior ainda, daí, mudamos novamente de lado, e assim se segue, até o último minuto da projeção. Só por isto, o filme merece ser muito elogiado. Mas não para por ai. A direção do filme é maravilhosa, a parte técnica, é impecável. Vale ressaltar da parte técnica a direção de arte, que cria, muito bem um ambiente familiar, uma locação familiar, e depois um ambiente morto, triste e deprimente. Vocês irão entender melhor o que estou falando quando assistirem a este filme. E ainda, para fechar com chave de ouro, temos um final, que nem parece um final, mas que, com certeza, foi magnífico. Aliás, depois de algum tempo, vocês irão entender o porque do título "A Lula e a Baleia", significado este que eu não vou revelar, pra não estragar a magia que ainda nos segue depois que o filme se encerra. "A Lula e a Baleia" narra a história de um casal que se separa. A partir dai, o filme começa a abordar todos os lados de uma separação. O do marido, o da mulher, o dos filhos e até o do gato. Incrível!
Gênero: Drama
Duração: 81 min.
Ano: 2005 Marcadores: Críticas
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